domingo, 11 de outubro de 2009

Relatório das aulas 9 e 10

ESCOLA SECUNDÁRIA C/3º CICLO D. MANUEL I – BEJA

Ano lectivo 2009/2010

Filosofia – 10ºAno


Miguel Covas Lima
Nº18 Turma A

Relatório de aula

Aulas nº 9 e 10

01/10/2009




A aula foi iniciada com a leitura do relatório da aula anterior.
Depois da professora tirar algumas dúvidas sobre os temas abordados na aula anterior, nos quais alguns alunos não tinham conhecimento devido ao facto de se terem de ausentar mais cedo, a professora definiu e mencionou os objectivos de aula. Sendo assim, começámos com o objectivo de distinguir o filósofo do sábio, com a leitura do texto 3 da página 18. Através da análise deste pequeno texto ficámos a perceber que a palavra ‘filósofo’ (philosophos) significa o que ama o saber, o que se opõe ao sábio (sophos) que pensa que já possuí todos os conhecimentos. É a procura da verdade e não a sua posse que constitui a essência da filosofia. “Filosofar significa estar a caminho”. E na filosofia são muito mais importantes as interrogações do que as respostas, porque cada uma destas transforma-se numa nova interrogação. Depois de chegarmos a todas estas conclusões, a professora referiu que ao longo da história as pessoas tomavam partido das opiniões de um filósofo, as quais nunca questionavam. O filósofo de referência duma parte da Idade Média era Platão e as pessoas concordavam totalmente com as suas opiniões, tendo uma atitude dogmática. De seguida, a professora mencionou também que a filosofia de Sócrates era conhecida pelos livros de Platão e que era difícil distinguir o pensamento socrático do pensamento platónico. É então que a professora refere a famosa frase de Sócrates “Só sei que nada sei”. A atitude de Sócrates é uma clara expressão de douta ignorância, uma ignorância sábia. Sócrates não tem a certeza de que os seus conhecimentos são verdadeiros. Para se ser filósofo é preciso admitir que não se sabe para encetar a demanda da verdade. Porém, o sábio, já sabendo, não precisa de procurar.
De seguida, passámos para o segundo objectivo: aprender a comentar um texto. Neste âmbito, a professora referiu como se devia estruturar um comentário de texto. Na introdução deve-se identificar o tema em causa, no desenvolvimento analisar e interpretar o texto e na conclusão apresentar uma conclusão pessoal.
Seguidamente, a professora enviou para trabalho de casa a elaboração de um comentário de texto a uma frase anteriormente já referida: “Filosofar significa estar a caminho”.
Por fim, passámos para o último objectivo: distinguir o filosofar espontâneo do filosofar sistemático. O filosofar espontâneo define-se como algo que brota sem intenção e que pode ser feito por qualquer um. Caracteriza-se assim por ser uma forma interrogativa de observar a realidade, por ser crítica, e por ser uma atitude anti-dogmática e derivar do espanto. Já o filosofar sistemático é realizado por filósofos e caracteriza-se pela intencionalidade na investigação. Esta forma de filosofar produz respostas e argumentos para as suas respostas e a atitude acaba por ser a mesma do que a utilizada no filosofar espontâneo, só que de uma forma intencional. A professora referiu também que a filosofia divide-se em diferentes áreas de questionação (disciplinas filosóficas), nas quais podemos encontrar a axiologia (questiona os valores), a ética (questiona valores éticos como o bem e a justiça) e a estética (questiona as noções de beleza e de arte). A filosofia da religião é também uma área da filosofia mas não é considerada uma disciplina, assim como a filosofia política. A lógica estuda a estrutura do pensamento humano. Quanto à atitude do filosofar, a professora fez questão de mostrar que a atitude e o comportamento, o que para muitos alunos seria semelhante, acabam por ser duas coisas extremamente distintas. O comportamento é observável e a atitude é interior e não observável. Chegámos também à conclusão de que um filósofo tem uma capacidade de espanto semelhante ao de uma criança, porque acaba por ver sempre o mundo como se fosse pela primeira vez, porém, vê de uma maneira diferente. O filósofo espanta-se com o que já lhe é familiar.



- Este relatório, no que diz respeito à apresentação dos conteúdos, está mais rigoroso do que os anteriores;
- É também um relatório de aula bem estruturado e completo (boa selecção do essencial da aula);
- O Miguel deve ser mais cuidadoso no uso da pontuação, particularmente, no uso de vírgulas.

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