quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Teresa Silva - 3º trabalho de reflexão filosófica

A problematicidade dos valores constitui, desde tempos remotos, um obstáculo à vida em sociedade e à harmonia entre os seres humanos. Diariamente confrontamo-nos com trocas de impressões entre amigos ou colegas, e indignamo-nos tanto quando concordam connosco ou estão totalmente contra as nossas ideias. Como é possível termos precisamente a mesma noção de beleza, relativamente àquele quadro? Como pode alguém ser tão distinto de mim, no que diz respeito à pena de morte? Questões como estas colocam-nos “um ponto de interrogação na testa” e conduzem-nos a um raciocínio profundo na tentativa de descobrir a natureza dos valores.
O ser humano, como pessoa, tem um olhar avaliativo e crítico sobre a sua realidade. Desde cedo, preferimos cores, apreciamos objectos, julgamos pessoas e, sobretudo, tomamos decisões. A nossa vida e a nossa forma de viver é orientada em função dos valores que consideramos, e tudo aquilo com que nos deparamos é previamente valorado. Consoante a nossa hierarquia de valores, que varia de acordo com os nossos padrões culturais, históricos e pessoais, agimos e fazemos escolhas. É, portanto, impossível ao ser humano viver indiferente ao mundo exterior, já que está na sua natureza atribuir valores ao que observa.
Contudo, esta noção tão familiar é uma das mais problemáticas para o ser humano. Ainda que valorize quase que “inconscientemente”, o Homem não consegue explicar se estes valores têm uma natureza subjectiva ou objectiva. Serão eles fruto da sua deliberação e reflexão interior, ou existirão independentes das pessoas e exteriores à mente humana?
Para responder a este problema de tão elevada importância, tanto a nível de compreensão pessoal, como no âmbito social, surgiram diferentes teses. Para apoiar o Subjectivismo Axiológico desenvolveu-se o Psicologismo, ou seja, a ideia de que os valores resultam de vivências pessoais. A maneira de encarar o mundo e de o valorizar de cada pessoa, difere portanto do que enfrentou ao longo da vida e a sua “opinião” será moldada de acordo com a sua experiencia e presença na Terra. Assim se explica a enorme diversidade de valores atribuídos aos mesmos objectos e situações, dado que pessoas com “percursos” diferentes “verão o seu mundo de “cores” diferentes.
Porém, esta “solução” não dá um desfecho à demanda da verdade pelo ser humano, no que diz respeito à natureza dos valores. Não é possível explicar, através do Psicologismo, a concordância de valores em épocas históricas diferentes, ou em povos que nunca comunicaram. Se dependem do sujeito para existirem, como podem os mesmos valores atravessar séculos e oceanos, sem que o homem os tenha transportado consigo?
Não se dando por satisfeito com o subjectivismo e duvidando da capacidade valorativa da sua mente, independente do meio exterior, o Homem procurou outras respostas no Objectivismo Axiológico. Assumindo, portanto, que os valores são autónomos relativamente ao ser humano e que lhe existem exteriormente, surgiu a ideia de que os valores são qualidades das coisas: o Naturalismo. Neste sentido, os objectos, situações e pessoas estão associados a certos valores que os caracterizam e que não diferem. Assim, a unânime crença em certos valores, ou seja, a enorme concordância em tantas valorações, é explicada pelo Naturalismo, uma vez que, se os valores são qualidades das coisas, então todos nós devíamos atribuir a cada coisa o mesmo valor.
No entanto, mais uma vez, esta tese também reúne algumas falhas. A defesa de que os valores já estão contidos nas próprias coisas, sobre a forma de qualidade, não consegue justificar os desentendimentos entre as pessoas nas valorações. Além disso, se os valores são qualidades objectivas das coisas, exteriores à mente humana e que pertencem ao mundo material, porque é que não conseguimos observá-los?
Sem desistir da sua “caça” ao conhecimento, o Ontologismo é mais uma tese que tenta resolver o problema da natureza dos valores, com base no objectivismo. Esta “resposta”, criada por Platão, defende que os valores são ideais que existem independentemente, quer do sujeito humano, quer das coisas em geral, ou seja residem imaterialmente no “mundo das ideais”. Neste mundo, a nossa alma teria tido a possibilidade de contemplar os valores, antes de reencarnar num corpo físico. Assim, em vida, o ser humano recordava de forma confusa estas ideias, originando as divergências nas valorações. Contudo, não é possível provar a existência de um mundo imaterial, para além do físico, facto pelo qual o Ontologismo se apresenta como a tese mais “fraca” e menos credível.
Por fim, uma última tese tenta explicar a natureza dos valores: o Relativismo Axiológico, que estabelece um outro conceito, o de homem como ser social, inserido num determinado contexto. Esta nova solução para este problema filosófico, universal, problemático, intemporal e radical, defende que o valor não é pessoal, nem objectivo, mas sim o resultado de uma apreciação histórica, cultural e social. Algo partilhado entre indivíduos inseridos numa mesma época, com uma mesma cultura e de uma mesma sociedade.
Dado que os valores acompanham as culturas das sociedades humanas, são relativos aos espaços em que as mesmas se encontram, no entanto alguns valores acompanham o ser humano desde sempre, ainda que aplicados de diversos modos, pelas diferentes sociedades. Assim, estes não seriam “exclusivos” de uma determinada época, civilização e cultura, apenas assumiriam “definições” distintas consoante o contexto em que eram utilizados.
Tanto o subjectivismo, como o objectivismo e o relativismo tentam explicar a natureza dos valores, contudo ainda nenhuma das três teses encontrou uma resposta sem objecções. Constituindo um problema, cuja “chave” será a solução a muitas dificuldades e conflitos sociais, a sua problematicidade tem elevadas proporções e ocupa grande parte do tempo dos filósofos. Saber se os valores têm origem na mente humana, resultam de vivências pessoais e são independentes de qualquer obstáculo físico, se são apenas qualidades das coisas ou se “vagueiam” num mundo imaterial paralelo ao nosso, ou se não passam de uma relação com o contexto em que o homem, como ser social, se insere, mudaria radicalmente a forma das sociedades e de cada pessoa encarar o mundo e de tomar decisões. É por isso tão importante continuar a navegar pelo oceano inquieto e imprevisível dos valores, não desistir de procurar o horizonte de verdade e conhecimento ao longe no céu nublado, em busca do bem comum e de um mundo melhor e mais justo!

Relatórioda aulas 63 e 64

Teresa Silva

A aula iniciou-se com a entrega do 3º Trabalho de Reflexão Filosófica. Este consistia em desenvolver o tema “A Problematicidade dos Valores”, ou seja, elaborar um texto em que apresentássemos o nosso conhecimento e reflexão acerca do tema referido, de uma forma organizada, coerente, rigorosa e crítica. Os trabalhos de duas alunas foram lidos à turma e assim se pôde rever alguns dos conteúdos leccionados dentro do tema dos valores e da sua problematicidade, sob a perspectiva destas alunas.
De seguida, a professora definiu o objectivo da aula, que seria criticar a noção de tolerância passiva. Iniciou-se a realização deste objectivo com a correcção do trabalho de casa, que se inseria na página 105 do manual. A actividade estava organizada em duas questões baseadas, cada uma, num excerto.
O primeiro falava do relativismo cultural e nomeava duas situações que, para a nossa cultura, são consideradas incorrectas. Referia a escravatura e o genocídio e afirmava que um relativista não se podia opor a nenhuma destas situações, nem mover-se contra elas. Se o fizesse, estaria a agir contra os seus próprios princípios, pois esta perspectiva consideraria ambas as práticas aceitáveis, uma vez que estas estariam de acordo com um determinado contexto sociocultural.
O segundo excerto abordava um contra-argumento que pode ser utilizado para criticar o relativismo. O autor mencionava que os relativistas negam a existência de juízos de valor absolutos e que defendem a sua relação com a cultura e a sociedade de uma determinada época. Assim, esta teoria apresenta-se contraditória e incoerente, já que afirma as suas ideias como absolutas.
Para completar a correcção do trabalho de casa, a professora esclareceu que, quando algo é considerado absoluto significa que é independente de outros factores, ou seja que existe por si próprio. Por outro lado, quando falamos de algo relativo significa que está relacionado e dependente de outros factores.
Como concluímos, o relativismo demonstra-se tolerante e pacífico perante as outras culturas, aceitando e não interferindo com as suas práticas. Contudo, esta tolerância passiva desfigura-se, pois nada há para tolerar, tornando-se apenas em aceitação e indiferença perante as outras culturas e o que defendem. Por outro lado, o etnocentrismo não tolera a cultura de outras sociedades e os seus valores, adoptando a sua como a correcta. Desta forma, também a “intolerância” perde o seu significado, resumindo-se à total rejeição de outras maneiras de pensar.
Portanto, ambas as teorias se apresentam como extremos e conduzem-nos a tentar encontrar um “meio-termo”. Assim, o limite desta tolerância deverá ser o próprio ser humano e o seu bem-estar. Quando as práticas de outras culturas atentam contra os direitos do homem (Declaração Universal dos Direitos Humanos), devemos interferir e tentar impedir que estas se concretizem.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 61 e 62

Pedro Ribeiro
Nº20 10ºAno



Relatório de aula



Para dar início à aula, a professora começou por fazer uma breve revisão dos critérios de avaliação, explicando como se classificam as atitudes.
De seguida, definimos os objectivos de aula que são: criticar relativismo cultural e compreender as consequências da tolerância preconizada pelos relativistas.
Depois a professora fez uma chamada oral sobre o que falámos na aula anterior, ou seja, sobre os valores, a cultura, o etnocentrismo e o relativismo cultural.
A cultura, em geral, é aquilo que o Homem produz. Os juízos de valor são um aspecto particular das culturas. A cultura é um fenómeno plural porque existem muitas culturas, é diverso porque todas as culturas são diferentes entre si e é universal porque se manifesta em todos os grupos humanos e em todas as épocas históricas
Definimos também etnocentrismo como sendo uma tendência para nos basearmos nos nossos valores e costumes quando consideramos as outras culturas; é uma tendência para acharmos que os nossos princípios é que estão correctos e não os outros.
De seguida, iniciámos a correcção do trabalho de casa.
Estudámos também o relativismo cultural que é uma atitude de tolerância e de passividade. O relativista cultural defende que se devem respeitar as outras culturas e que cada cultura deve ser avaliada a partir de dentro, ié, a partir de si própria.
Para o segundo objectivo da aula, falámos sobre as consequências do etnocentrismo, ou seja, sobre atitudes discriminatórias como o racismo, a xenofobia, o patriotismo e o nacionalismo exagerados.
A professora mandou ainda para trabalho de casa uma actividade do manual, da pag.105.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 59 e 60

Sofia Guerreiro
Nº 27 - 10ºA

Relatório de Aula
Aulas 59 e 60
19 de Janeiro de 2010


Como de costume, a professora iniciou a aula com a realização do sumário e definindo os objectivos da mesma. Estes consistiram em definir cultura, reconhecer a cultura como um fenómeno universal, plural e diverso e comparar relativismo e etnocentrismo cultural.
De seguida, corrigimos o trabalho de casa da aula anterior, que consistia em, partindo de um exemplo (beleza, escravatura ou moda), mostrar como a valoração está dependente de contextos histórico-culturais. Em geral, todos nós chegámos à conclusão que em todos estes exemplos a valoração se foi alterando ao longo dos tempos e que em função dos diferentes povos. Por exemplo, a escravatura, apesar de ter sido, durante muito tempo, um acto aceite, actualmente, é algo ilegal.
Após a reflexão sobre este trabalho, conseguimos relacionar estes exemplos com a tese relativa à natureza dos valores, estudada na última aula: o relativismo, que concebe o valor como algo que varia ao longo do tempo e do espaço e que tem uma natureza iminentemente social. No entanto, o relativismo axiológico não soluciona o problema da natureza dos valores, pois apresenta-os como o produto de uma sociedade numa determinada época, mas não explica a aparente universalidade de alguns valores que permanecem ao longo da história e que são transversais a diversas culturas.
Com isto, iniciámos o estudo da cultura, definindo a mesma como tudo aquilo que o homem produz. Contudo, esta é uma definição da cultura, existindo também a de uma cultura, que se resume ao conjunto de manifestações materiais e imateriais que reflectem a especificidade de um grupo de indivíduos na sua maneira de sentir, pensar e agir.
Ao mesmo tempo que procurávamos definir cultura, analisámos o texto 9 da página 95, onde concluímos que, no quotidiano, consideramos cultura como “as coisas mais elevadas do espírito”, como a arte, literatura, música e pintura. Porém, os sociólogos incluem no conceito estas actividades e muitas outras.
Posteriormente, considerámos cultura como um fenómeno plural e diverso, por existirem modelos de comportamento, hábitos e costumes diferentes, e universal, isto é, presente em todos os tempos e regiões do planeta habitadas pelo homem. Para comprovar este fenómeno, analisámos o texto 11, da página 97, que nos mostra a cultura do povo esquimó, uma vez que este tem costumes bastante diferentes dos nossos.
Por fim, passámos ao estudo e diferenciação do etnocentrismo em relação ao relativismo culturais. Estudámos que o etnocentrismo promove a assimilação de umas culturas por outras, por ser uma visão centrada ou egocêntrica, e que o relativismo, pelo contrário, promove a separação, aceitando e respeitando a diversidade cultural. A atitude etnocêntrica é a atitude daquele que avalia as outras culturas tomando como centro de referência a sua própria cultura e que, julgando a sua cultura a correcta, sente-se no direito de impor a sua cultura aos outros.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 57 e 58

José Morais
Nº14 10ºA
Relatório de aula
Aulas 57 e 58

A professora iniciou a aula fazendo uma breve revisão dos conteúdos leccionados na aula anterior.
Em seguida a professora definiu os objectivos de aula, que foram os seguintes: “compreender a diferença entre subjectivismo e objectivismo axiológicos” e “distinguir diferentes níveis de critérios valorativos”. Falámos um pouco sobre os pressupostos da teoria platónica referindo dois: a dualidade antropológica e a dualidade ontológica. Avançámos esclarecendo esta última dualidade definindo-a como um mundo dividido em duas partes: o mundo sensível (físico), que e conhecido através do nosso corpo, mais propriamente, através dos nossos órgãos sensoriais, e um mundo inteligível (imaterial), isto é, só pode ser conhecido através do nosso intelecto/alma/razão.
Depois disto, concluímos os contra-argumentos para o ontologismo, que tinham ficado pendentes da última aula.
Em seguida, começámos a abordagem de um novo tema: o relativismo axiológico. Segundo o Relativismo, o valor não é objectivo nem subjectivo, mas sim intersubjectivo, ou seja, vai para além da subjectividade, existe entre sujeitos. O relativismo axiológico diz que o valor não é pessoal nem objectivo, é sim uma apreciação histórica, cultural e social (algo partilhado por indivíduos de uma mesma época, mesma cultura e da mesma sociedade).
Utilizando o nosso manual, lemos e analisámos alguns textos respectivamente ao relativismo axiológico.
Passámos então para o segundo objectivo de aula: “distinguir os diferentes critérios valorativos”. Entendemos por critério valorativo o princípio ou condição que serve de base à valoração e que permite distinguir as coisas valiosas das não valiosas, e dentro das valiosas, as que são mais importantes e as que são menos importantes. Podemos ainda considerar três diferentes níveis de determinação dos mesmos critérios, são estes:
O Pessoal, refere-se ao íntimo de cada pessoa com as suas características pessoais: gostos, interesses, etc; o Colectivo, refere-se ao sujeito do ponto de vista social e cultural: os seus costumes, ideias ou formas de estar em grupo; e o Universal, refere-se ao sujeito como um ser-no-mundo: sensível aos outros, que coabitam o planeta, bem como ao próprio espaço habitado.
E assim completámos todos os objectivos de aula e a professora deu a aula como terminada.

Relatório das aulas 55 e 56

Diana Macedo
Nº 8 10ºA

Relatório de aula
Aulas nos 55 e 56
12 de Janeiro de 2010


Para dar início à aula, a professora começou por escrever o sumário e, de seguida, definir os objectivos de aula. Estes seriam, em primeiro lugar, defender e criticar as várias definições de valor e, em segundo, reconhecer a problematicidade da definição de valor.
Antes de se proceder ao cumprimento dos objectivos então propostos, a professora introduziu ainda um novo tipo de texto, cujo objectivo era o desenvolvimento de um determinado tema. Para além do comentário de texto e do discurso argumentativo já explorados anteriormente, o desenvolvimento de um tema é outra das competências exigidas aos alunos de Filosofia ao nível da expressão escrita. Como tal, o nosso terceiro trabalho de reflexão filosófica consistia exactamente na redacção de um texto dedicado à “Problematicidade dos valores”, no qual deveríamos apresentar, de uma forma organizada, coerente, rigorosa e crítica, os nossos conhecimentos e opiniões sobre este complexo tema.
Definido o tema e a estrutura do terceiro trabalho de reflexão filosófica, prosseguiu-se então a aula com uma breve revisão do problema da natureza dos valores. Este problema, cuja formulação já havia sido leccionada, levanta a questão dos valores possuírem uma natureza objectiva ou subjectiva. Em resposta a este problema, surgem assim duas teses opostas: o subjectivismo, segundo o qual os valores existem apenas na mente humana, estando por isso dependentes do sujeito humano para garantirem a sua existência; e o objectivismo, que defende a existência independente e exterior dos valores relativamente à mente humana.
Após terem sido recordados e sintetizados todos estes conceitos aprendidos na aula anterior, passou-se à correcção do trabalho de casa, o qual consistia na realização de uma actividade do manual relativa à hierarquização dos valores. Esta actividade propunha que nos colocássemos no papel de alguém que presencia o roubo de uma disquete realizado por um aluno que deseja obter uma melhor classificação em determinado trabalho que o seu colega, dono da disquete. De seguida, teríamos que decidir sobre qual seria a melhor atitude a ter, identificando os valores em confronto neste processo de deliberação e procedendo à sua posterior hierarquização. Na opinião de muitos alunos, seria preferível chamar o ladrão à razão, levando-o a devolver a disquete, se possível com um pedido de desculpas ao seu dono. Outros consideraram a denúncia do ladrão junto ao dono da disquete uma melhor opção. No entanto, poucos ficariam indiferentes perante a acção realizada e ninguém denunciaria o ladrão ao professor que tinha solicitado o trabalho. Isto mostra claramente que os valores de justiça e lealdade estão no topo da hierarquia de valores da maior parte das pessoas, enquanto que a maldade e a inveja ocupam a base da pirâmide. Todos julgariam a acção injusta e, portanto, tentariam agir para evitar que se cometesse uma injustiça. Por outro lado, a lealdade aos colegas seria sempre um valor presente, o que justifica a recusa em denunciar o ladrão directamente ao professor.
Seguidamente, deu-se início ao cumprimento do primeiro objectivo de aula, apresentando-se os argumentos e contra-argumentos para três distintas definições de valor.
Segundo a perspectiva do psicologismo, o qual apoia a tese subjectivista, os valores são vivências pessoais, sendo por isso que diferentes pessoas, com distintas experiências pessoais, fazem diferentes valorações de um mesmo objecto. No entanto, a defesa da exclusiva subjectividade dos valores não consegue explicar a permanência dos mesmos valores ao longo das diferentes épocas históricas e a sua existência em diversos povos que nunca comunicaram entre si.
Outra das definições de valor é proposta pelo chamado naturalismo, o qual, assumindo a tese objectivista, considera o valor uma qualidade intrínseca aos objectos. Esta posição justifica assim o consenso universal existente na valoração de muitos objectos e situações. Por exemplo, no que diz respeito à violência doméstica, a maioria das pessoas é unânime em afirmar que esta é uma prática inaceitável, devendo por isso ser erradicada. Porém, existem outras situações ou objectos cujas valorações diferem de pessoa para pessoa, o que constitui um dos contra-argumentos ao naturalismo. Além disso, também não nos é possível observar essas qualidades que o naturalismo defende serem inerentes aos objectos nos próprios objectos.
Finalmente, existe ainda uma outra posição designada por ontologismo que, assumindo a objectividade do valor, o define como uma ideia que existe de forma independente, num mundo imaterial. Esta foi a perspectiva adoptada por Platão, o qual acreditava na existência de um “mundo das ideias”, onde a nossa alma imaterial e imortal tinha tido a oportunidade de contemplar os diferentes conceitos e ideias. Ao reencarnar num corpo físico, ela recordava então estas ideias de uma forma bastante confusa, o que explica as divergências de valorações encontradas.
Apesar desta última perspectiva ser aparentemente a que melhor justifica todas as provas encontradas, a verdade é que é impossível provar a existência de tal mundo imaterial. Actualmente, o ser humano ainda não consegue conceber a coexistência de dois mundos distintos (o físico e o imaterial), razão pela qual o ontologismo se nos afigura uma perspectiva demasiado fantástica.
Concluídos os dois objectivos de aula, deu-se então a aula por terminada.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 53 e 54

Beatriz Piedade
Nº 4 Turma A
Relatório de aula
Aulas nº 53 e 54
07/01/2010
A professora iniciou a aula fazendo uma revisão dos conteúdos leccionados na aula anterior.
Na aula anterior distinguimos juízos de valor de juízos de facto. Os juízos de facto descrevem, o seu valor de verdade é verificável, são objectivos e não são discutíveis, enquanto que os juízos de valor avaliam, o valor da verdade não é verificável, são subjectivos e discutíveis. A professora também falou da tipologia de valores. Analisámos a Tábua de valores de Max Scheler, na tábua verificámos que existem seis tipos de valores sendo eles: valores religiosos; valores éticos ou morais; valores estéticos; valores lógicos; valores vitais; e valores úteis. Depois de analisarmos a tábua de valores, a professora um tpc em que tínhamos de inventar um juízo de valor para cada classe da tipologia de Max Scheler. Após ter falado da tipologia de valores, a professora falou–nos da hierarquia de valores. A hierarquia de valores diz–nos que os valores são hierarquizáveis, porque nós podemos organizá-los nas nossas vidas segundo o seu grau de importância. Essa ordenação pode variar de acordo com o nível da cultura, da história e até da nossa vida pessoal.
Depois da revisão dos conteúdos leccionados anteriormente, a professora passou à correcção do resto do trabalho de casa, em que tínhamos de fazer dois exercícios da página 83 do manual. De seguida, a professora definiu e mencionou os objectivos de aula. Começámos com o primeiro objectivo de aula em que tínhamos de formular o problema da natureza dos valores: Terão os valores uma natureza objectiva ou subjectiva? As teses que lhe dão resposta são o objectivismo e o subjectivismo. O objectivismo origina o naturalismo e o ontologismo enquanto definições do valor. Segundo o naturalismo, os valores são qualidades das coisas e segundo o ontologismo os valores são ideias que existem independentemente quer do sujeito humano, quer das coisas em geral. Do subjectivismo decorre o psicologismo e o emotivismo; o psicologismo diz–nos que os valores são vivências pessoais. O subjectivismo defende que os valores dependem do sujeito humano para existirem, pois existem apenas na mente humana. O objectivismo defende que os valores existem independentemente do homem, pois têm uma existência exterior à mente humana.
Por último, passámos ao terceiro objectivo de aula, onde tínhamos de criticar as três definições de valor que decorrem do subjectivismo e do objectivismo axiológicos, que ficou por concluir.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Relatório da aulas 51 e 52

Nikita Ivanov

Nº19 Turma A

Relatório de aula

Aulas nº 51 e 52

06/01/2010


Na aula passada começámos a relembrar alguns conceitos da penúltima aula do 1º Período que foram: distinção entre o facto e valor (o facto é material e geralmente observável, enquanto que o valor é imaterial e mental). Falámos sobre valoração que é a atribuição de valor aos factos. Falámos sobre bi-polaridade: apresentação em pares de um valor oposto ao outro. E também falámos sobre experiência valorativa que é o acto pelo qual atribuímos e nos apercebemos dos valores, isto é, o modo como sentimos e captamos ao contactar com os diferentes objectos, situações ou pessoas considerando-os de uma maneira diferente.

A seguir, a professora começou a dar nova matéria, começando por definir o conceito de juízo: operação mental pela qual relacionamos conceitos entre si, de forma negativa ou positiva. A seguir a professora indicou os instrumentos lógicos do pensamento que são: 1º Conceito – representação mental de uma classe de seres; 2º Juízo, que tem 2 conceitos S (sujeito) e P (predicado) e o verbo ser como cópula; e 3º Raciocínio – operação mental em que relacionamos juízos entre si de forma a chegar a uma conclusão. Depois a professora abordou o 1º objectivo da aula com a explicação dos juízos de facto e juízos de valor distinguindo ambos os conceitos, a ambos atribui-se a um sujeito uma qualidade (predicado) mas os 2 casos são diferentes, enquanto que no juízo de facto a qualidade atribuída ao sujeito é verificável, no juízo de valor é o contrário, ou seja, a relação entre o sujeito e o predicado não é verificável. Os juízos de valor apresentam as seguintes características: avaliam, são discutíveis, subjectivos (o predicado depende do sujeito e varia de sujeito para o sujeito) e o valor de verdade não é verificável. Os juízos de facto: são descritivos, não discutíveis, objectivos (o predicado depende do próprio objecto) e o seu valor de verdade é verificável. Depois a professora abordou o 2º objectivo: identificação de diferentes tipos de valores que são valores religiosos, valores éticos, valores estéticos, valores vitais, valores lógicos e valores úteis, de acordo com a tipologia de Max Scheler. De seguida, fizemos exercícios sobre diferentes tipos de valores. E para concluir a professora passou para o 3º objectivo da aula,relativo à hierarquia dos valores com a explicação que os valores são hierarquizáveis porque os podemos ordenar do mais baixo valor até ao mais alto; a hierarquia de valores muitas vezes não é consciente mas é ela que está na base das nossas opções. Varia culturalmente, historicamente e até pessoalmente.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 47 e 48

Rui Godinho
Nº25 Turma A
Relatório de aula
Aulas nº47 e 48
15/12/2009

A aula foi iniciada com a entrega e correcção dos testes de avaliação.
De seguida, foram definidos pela professora os objectivos de aula que consistiam em distinguir facto de valor e compreender a importância dos valores na vida humana.
Seguidamente, a professora fez um esquema no quadro que distinguia facto de valor. Facto é algo material, geralmente, observável. O valor é imaterial e é uma qualidade que existe mentalmente. Os valores são atribuídos aos factos. Por exemplo, uma caneta é um facto e pode ser atribuído um valor à caneta, por exemplo, utilidade.
A seguir a professora leu o 2º parágrafo da página 79 do manual, que apresentava a definição de axiologia. A Axiologia tem como função analisar a natureza dos valores e defini-los a partir da sua relação com o ser humano.
Depois a professora explicou que os valores apresentam-se de uma forma bipolar, ou seja, em pares em que cada um dos elementos apresenta um valor oposto ao do outro, um é negativo e outro positivo, por exemplo, o bem e o mal, o justo e o injusto, etc.
De seguida, lemos o 3º parágrafo da página 81 do manual que continha a definição de experiência valorativa. Entendemos por experiência valorativa o acto pelo qual atribuímos e nos apercebemos dos valores, isto é, o modo como os sentimos e captamos ao contactar com os diferentes objectos, situações ou pessoas, levando-nos a considerar tais objectos, situações ou pessoas de uma maneira diferente: com dado valor – bom ou mau, belo ou feio, justo ou injusto, etc.
Seguidamente passámos para o 2º objectivo de aula – compreender a importância dos valores na vida humana. Os valores orientam o nosso projecto de vida, influenciam as nossas decisões e marcam a nossa compreensão do mundo.