domingo, 13 de dezembro de 2009

Correcção do 2º teste

Escola Secundária com 3º ciclo D. Manuel I - Beja
Ano lectivo 2009 / 2010
FILOSOFIA
10º Ano, turma A

Correcção do 2º Teste de Avaliação – 10 Dez 2008

Grupo I
(5 pontos cada = 50 pontos)
1. F
2. F
3. F
4. B
5. G
6. B
7. H
8. A
9. A
10. D

10.Escolher entre o determinismo e o indeterminismo (entre actos causados e actos aleatórios) é um dilema precisamente porque, no fundo, estamos a optar entre uma e a mesma consequência: a negação da liberdade. Logo, a contradição da opção D é apenas aparente. Além disso, a opção entre ser causado ou não ser causado (C) é diferente da opção entre ser causado ou ser aleatório. Ser causado ou não ser causado poderia também ser a opção entre o determinismo e o libertismo.

Grupo II

1.1. Sim, podemos afirmar que o capitão praticou uma acção porque tudo o que o capitão fez foi consciente (ele tinha noção do que se estava a passar) (5 pontos), foi voluntário (ninguém o obrigou a atirar a carga para fora da embarcação) (5 pontos) e intencional (atirou fora a carga para salvar o barco e a vida dos tripulantes). (5 pontos)
1.2. O acto praticado foi atirar a carga pela borda fora (5 pontos) e o motivo foi a grande tempestade. (5 pontos)
1.3. “Se eu mantiver a carga na embarcação, corro o risco de perder a carga, o barco e a vida dos tripulantes. Se deitar a carga borda fora, aumento a probabilidade de conseguir salvar a vida dos tripulantes e a própria embarcação. (15 pontos) No entanto, por muito valiosa que a carga seja, não pode ter mais valor do que a vida dos tripulantes que está à minha responsabilidade. (5 pontos)
1.4. Se assumirmos que o livre-arbítrio existe então o capitão agia livremente uma vez que estava consciente de haver outra opção e não era obrigado a manter a carga no barco. Se quisesse poderia atirá-la ao mar. (7 pontos) Assim sendo, se decidisse manter a carga na embarcação, consciente de que aumentava bastante a probabilidade de naufrágio, seria necessariamente responsável pelas eventuais mortes dos tripulantes. (8 pontos)
2.1. De facto, enquanto seres físicos e biológicos, temos o nosso corpo sujeito às leis da natureza e à sua causalidade (que nos determinam a ser mortais e a beber água). (10 pontos) Porém, nós, humanos, não somos apenas corpo, somos também mente e a nossa mente não é material, logo, não está sujeita às leis do mundo físico. E, por isso, a nossa acção sendo decidida pela mente pode ser livre. (10 pontos)
2.2. Antes da investigação teórica que nos leva a definir a tese libertista, já existe naturalmente a crença de que somos livres e que, portanto, as nossas acções dependem da nossa vontade. (10 pontos) Esta crença é um fundamento da nossa vida e da nossa relação com os outros, com podemos facilmente constatar através das expressões que usamos: expressões de arrependimento, de culpa, de responsabilidade, de castigo e de recompensa pelos nossos actos. (10 pontos)



Grupo III
(50 pontos)

Critérios de correcção:
- Correcta aplicação de conteúdos leccionados
- Apresentação do tema
- Formulação do problema
- Tese claramente apresentada e adequada ao problema
- Domínio da argumentação e contra-argumentação
- Conclusão

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Relatório das aulas 43 e 44

A aula foi iniciada com a leitura do relatório da aula transacta.
Em seguida foi aberta a lição e a professora definiu e mencionou os objectivos de aula.
Seguidamente, foi feita a correcção do trabalho de casa, o qual consistia na realização do exercício 6, da página 20 do Caderno de Actividades. Este exercício tinha como base um texto relativo à origem de alguns comportamentos violentos. As questões que se seguiam remetiam para os conteúdos que se têm vindo a abordar nas aulas, as teses determinista e libertista. Este texto faz alusão à hipótese de alguns comportamentos violentos estarem relacionados com deficiências cerebrais, que fariam com que os seus portadores não tivessem controlo nas suas acções de maior violência. Assim sendo este texto remete para que os agentes não seriam os responsáveis pelas suas acções.
Foi assim concluído o primeiro ponto do sumário.
Antes de dar início ao 1º objectivo a professora vez ainda referência aos conteúdos que deveríamos ter em conta para o estudo, de preparação para o teste.
Seguiu-se o cumprimento do 1º objectivo de aula que consistia em identificar os diferentes tipos de condicionantes da acção humana. A liberdade que pensamos viver não é uma liberdade absoluta, isto é, não podemos fazer tudo o que queremos. Assim sendo esta é uma liberdade limitada e condicionada, que se manifesta na opção de escolher uma de duas ou mais alternativas possíveis, pesando os prós e os contras dessa mesma escolha. As condicionantes da acção, por um lado limitam, mas por outro proporcionam um campo de possibilidades. Consideram-se assim três tipos de condicionantes da acção humana: condicionantes físico-biológicas; condicionantes psicológicas e por fim condicionantes histórico-culturais.
Todo o homem é condicionado pela morfologia e fisiologia do seu próprio corpo. Possuir um corpo saudável permite desenvolver actividades que um organismo frágil é incapaz de realizar. O modo como nos relacionamos com o meio que nos rodeia depende das características do nosso corpo, algumas dessas características foram geneticamente herdadas dos nossos antepassados. Assim sendo, estas características limitam determinadas acções, mas possibilitam outras. Por exemplo, uma pessoa que tem uma boa constituição física poderia ser um jogador de futebol, mas também poderia não o ser, no entanto tinha essa possibilidade devido às características do seu corpo. Podemos assim dizer que as condicionantes físico-biologicas condicionam o que podemos fazer e como podemos fazer.
No que diz respeito às condicionantes psicológicas, estas também influenciam ou limitam, na medida em que as acções estão dependentes das características psicológicas do seu agente, nomeadamente do seu temperamento, do seu carácter, dos seus estados emocionais como a tristeza e a alegria. Não é possível que o ser humano reaja com alegria ao não concretizar de um sonho. É também de salientar que a determinação de cada indivíduo interfere na acção, isto é, a persistência de cada um perante um obstáculo.
Por fim, relativamente às condicionantes histórico-culturais, estas vêm do exterior, da sociedade. A acção humana depende do ambiente social, cultural e histórico em que se desenrola. Uma acção vai depender do conjunto de regras da sociedade, dos seus hábitos e costumes. O tipo de meio em que o agente se desenvolveu como ser humano e o regime educativo que recebeu também são condicionantes da acção.
O segundo objectivo de aula consistia em reconhecer a nossa crença natural no livre arbítrio. Apesar da existência de teses que negam o livre-arbítrio, isto é, a liberdade humana, e consequentemente a impossibilidade de responsabilizar o agente pela acção, existe uma tendência natural para se acreditar que somos livres. Todo o discurso do dia-a-dia subentende a ideia de liberdade. A própria experiência de vida remete para a ideia de liberdade, visto que temos noção de que embora tivéssemos feito uma coisa, poderíamos ter tomado outra decisão.
Em seguida, para dar continuidade ao segundo objectivo, lemos e analisámos o texto 19 da página 74. Este texto fala-nos uma vez mais da crença natural no livre-arbítrio. O ser humano conduz a sua vida de acordo com a liberdade, isto é, acreditando na responsabilização, castigos e louvores. Questiona ainda se valeria a pena viver sem a crença na liberdade.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Relatório das aulas 41 e 42

Francisco Teixeira
Nº 9, Turma A




Relatório de aula

Aulas Nº 41 e 42


Iniciámos a aula por abrir a lição e definir o sumário.
De seguida, a professora introduziu o primeiro tema exposto no sumário, que consistia no dilema do determinismo, o qual consistia na escolha entre a hipótese do determinismo e a do indeterminismo, as quais apresentam uma resposta negativa para a pergunta “Serão as acções humanas livres?”, apesar de apresentarem razões distintas para tal. O determinismo afirma que todas as coisas que acontecem no universo têm uma causa, e como as acções humanas são coisas que acontecem no universo têm também uma causa, enquanto o indeterminismo afirma que nem todas as coisas são determinadas, tendo como base alguns conhecimentos adquiridos pela física quântica. A opção entre as duas teses torna-se um dilema porque ambas trazem as mesmas consequências: negação da liberdade e da consequente responsabilidade do agente. De tal forma que não encontramos motivos suficientes para preferir uma ao invés da outra.
A seguir, a professora definiu os objectivos da aula, que não o haviam sido anteriormente por lapso da mesma.
Em seguimento, vimos como o determinismo e o libertismo se comportam como antíteses uma da outra, para a questão já apresentada no segundo parágrafo.
Para terminar, corrigimos o trabalho de casa que nos tinha sido pedido pela professora, na aula anterior, e que consistia na resolução das alíneas a), b) e c) da actividade da página 73 do manual.