domingo, 25 de outubro de 2009

Relatório das aulas 21 e 22

ESCOLA SECUNDÁRIA D. MANUEL I – BEJA
2009-2010
Disciplina de Filosofia - 10º ano

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André Filipe Pereira Guerreiro
Número: 29 Turma A

Relatório de aula
Aulas número 21 e 22
22 de Outubro

Como realizado habitualmente no início de cada aula de filosofia, foi feita por parte da professora a leitura do relatório da aula anterior. De seguida foram propostos, por parte da mesma, os seguintes objectivos de aula: identificar as diferentes áreas de questionação filosófica, distinguir questões filosóficas de questões não filosóficas e caracterizar questões filosóficas.
No cumprimento do primeiro objectivo, foi feita a correcção do trabalho de casa, sendo tiradas também algumas dúvidas acerca do mesmo (áreas de questionação filosófica). Na filosofia existem várias áreas de questionação filosófica, irei agora referi-las e também os seus domínios, juntamente com alguns exemplos.
Essas áreas são: a lógica que estuda a forma do pensamento e do discurso; a metafísica que estuda os seres não materiais (Deus e a alma); a cosmologia no estudo da origem e estrutura do Universo; a ontologia que estuda o ser e a realidade; a gnosiologia no estudo do conhecimento em geral; a epistemologia que estuda a ciência; a filosofia da religião no estudo do sagrado e do divino; a estética que estuda a beleza e a arte; a ética que se dedica ao estudo do bem, da justiça, da responsabilidade, da moral, da liberdade; a axiologia no estudo dos valores; a filosofia social e política que estuda a vida em sociedade; anthropos é uma palavra que para os gregos significava homem, logo a antropologia estuda o homem; o existencialismo no estudo do sentido da existência humana. Uma frase exemplificativa desta matéria é: “O que são os valores?”; neste caso, já que sabemos que a axiologia estuda os valores, logo esta frase pertenceria ao estudo da axiologia.
Seguidamente avançámos para a distinção entre questões filosóficas e questões não filosóficas. A professora ditou algumas questões para iniciar este novo assunto.
A pergunta acerca do que é um quadrado é uma questão não filosófica, enquanto a questão sobre qual o regime político ideal é filosófica, fazendo parte da filosofia social e política.
A distinção entre estes dois tipos de questões é feita através do princípio de que todas as questões filosóficas têm sempre as seguintes características: a intemporalidade, ou seja, estas questões mantêm a sua pertinência e o seu valor, independente do tempo; a problematicidade, quer dizer, são questões sem solução, sem resposta única e definitiva; a universalidade, já que são questões que estão relacionadas com todos os seres humanos; a radicalidade (raiz), pois a Filosofia é uma procura de fundamentos, bases e origem, e até mesmo, da razão de ser da realidade.
Por fim a professora referiu a página do manual onde são referidas a radicalidade e a universalidade (página 24).

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Relatório das aulas 19 e 20

João Espada Afonso
Numero: 11 Turma A

Relatório de Aula
Aulas número 19 e 20, dia vinte de Outubro de 2009
A aula foi iniciada com a leitura do relatório da aula anterior, em seguida foi corrigido o trabalho de casa. Em seguida a professora definiu os objectivos de aula em que um deles já teria sido um dos objectivos da aula anterior.
A professora seguiu com a aula distinguindo dois tipos de acções: as que têm limite e que estão subordinadas a objectivos, a coisas que se querem com essas acções; e as que não têm limite determinado, que são fins em si mesmas, as chamadas “acções perfeitas”.
Um dos objectivos de aula era treinar a análise de texto filosófico e foi em seguida o que se fez, continuando com excertos do livro “A Imperfeição da Filosofia” de Maria Filomena Molder. Conhecemos em seguida as diferentes áreas de questionação filosófica, entre as quais se encontra a lógica, a ética, as estética, a antropologia, entre outras.
Falou-se na aula, também, de a Filosofia ser uma actividade híbrida, porque está subordinada a uma finalidade, a sabedoria, e é, ao mesmo tempo, um fim em si mesma (apenas “filosofa-se para filosofar”). No final da aula, a professora definiu o que seria o trabalho de casa: um exercício de identificação de diferentes áreas de questionação filosófica.



- O relatório apresentava falhas de sintaxe;
- Apresentava bastantes imprecisões quanto aos conteúdos de aula;
- Não respeitou totalmente a sequência temporal da aula.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Relatório das aulas 17 e 18

Escola Secundária D.Manuel I
2009/2010
Filosofia – 10º ano
João Borges
Nº12 – 10ºA
Relatório de Aula
Aulas 17 e 18
15/10/2009
A professora iniciou a aula lendo o relatório do colega Rui Parente. De seguida, foram analisados e corrigidos alguns trabalhos de casa, que consistiram em fazer um comentário de texto à seguinte frase: “Creio que todos os homens são Filósofos, ainda que uns mais do que outros” incluída na obra Em busca de um Mundo melhor, de Karl Popper. Constatou-se que a principal ideia desta afirmação era que mesmo não sendo filósofo qualquer pessoa podia filosofar, mas existem duas formas distintas de o fazer.
Prosseguindo, a professora definiu os objectivos da aula, que foram:
- Aprender a argumentar
- Treinar a leitura e interpretação de texto filosófico.
Seguidamente, foi pedido aos alunos que resolvessem um exercício que consistia em encontrar argumentos que defendessem a tese: “ O aborto voluntário é crime”; e a sua antítese: “O aborto voluntário não é crime”. Encontraram-se os seguintes argumentos para a primeira tese:
- O aborto voluntário é crime pois o feto já é um ser humano ainda que incompleto.
- O aborto voluntário é crime pois só Deus pode decidir sobre a morte de alguém.
- O aborto voluntário é crime pois trata-se de um homicídio.
Para a segunda tese foram encontrados os seguintes argumentos:
- O aborto voluntário não é crime pois o feto ainda não é uma pessoa.
- O aborto voluntário não é crime pois o feto pertence aos pais, e eles têm o direito de decidir sobre a sua existência.
- O aborto voluntário não é crime pois o feto não tem personalidade jurídica.
Procedemos à leitura de um capítulo do livro A imperfeição da Filosofia, de Maria Filomena Molder. Este capítulo tinha como título “ Escutaríamos nós um carvalho ou uma pedra, se eles dissessem a verdade?”, e como subtítulo “ Um desafio Socrático”. Esta parte do texto apresentava uma passagem do Fedro de Platão. Fedro fala da facilidade que Sócrates tem em inventar histórias de outros países como bem lhe aprouver. Sócrates responde que os sacerdotes do templo de Zeus afirmaram que as primeiras palavras divinatórias saíram de um carvalho. Fedro achava que o mais relevante era o nome e o país de origem das pessoas quando o importante era saber se o que era dito era ou não verdadeiro. Assim as pessoas daquele tempo contentavam-se em escutar a linguagem de um carvalho ou de uma pedra crendo-a como a verdade.
Já depois do diálogo o texto elogia a fertilidade da dialéctica de Sócrates. Fala também da argumentação, dos discursos escritos na alma, progenitores de uma raça de homens, que receberam um nome na altura ainda inseguro: Filósofos.
Assim foi terminada a aula.



- É escusado inserir no relatório apontamentos que estão nos vossos cadernos

domingo, 18 de outubro de 2009

Luísa Caroucinho, Comentário de texto

Luísa Caroucinho
Nº 15, 10º A


Comentário de texto
“Creio que todos os seres humanos são filósofos, ainda que uns mais do que outros”

Na frase “Creio que todos os seres humanos são filósofos, ainda que uns mais do que outros”, Karl Popper sublinha que a Filosofia não é uma actividade exclusiva dos chamados filósofos profissionais, isto é, daqueles que praticam o filosofar sistemático. No entanto, Karl Popper distingue a filosofia espontânea, comum a todos os Homens, da filosofia sistemática.
O Homem comum reflecte sobre os problemas que a vida lhe coloca, e alguns desses problemas são de natureza filosófica. Esta reflexão é ocasional, pouco rigorosa, pouco profunda e muitas vezes destituída do exercício crítico.
A filosofia sistemática distingue-se da anterior porque procura ser coerente e rigorosa, organizando os conceitos. Trata-se de uma filosofia mais complexa e profunda, desenvolvendo-se segundo o espírito crítico.
Assim sendo, quer de uma forma consciente e intencional, quer de uma forma natural, todos os seres humanos praticam o filosofar.

André Guerreiro, Comentário de texto

Comentário de texto à frase: “Creio que todos os homens são filósofos, ainda que uns mais do que outros”

A frase refere que todos somos filósofos, embora de diferentes formas. Existem dois tipos de filosofar, o sistemático e o espontâneo. O filosofar sistemático é aquele que é praticado pelo filósofo especialista/sistemático, tendo as seguintes características: é uma atitude intencional na investigação e manutenção do espanto para com o mundo; produz respostas e argumentos. O filosofar espontâneo, como o próprio nome indica, é um filosofar que surge de forma natural, com as seguintes características: é uma atitude interrogativa, crítica e de espanto; uma forma de estar; uma perspectiva diferente sobre a realidade.
Penso que com esta comparação se mostra que todos filosofamos, embora de formas diferentes, pois acho que uma situação de filosofar espontâneo já aconteceu a todos nós, ao contrário do filosofar sistemático, que só os próprios filósofos praticam. Isto demonstra que, com mais ou menos frequência, todos nós somos filósofos, sem nos apercebermos disso.

André Guerreiro

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

1º trabalho de reflexão filosófica

Escola Secundária D. Manuel I
2009/10
Filosofia – 10º ano

1º Trabalho de Reflexão Filosófica



TAREFA
Visione o vídeo
O mito da caverna ( Alegoria da caverna ) Platão
http://www.youtube.com/results?search_query=alegoria+da+caverna&search_type=&aq=f
Elabore um comentário escrito ao vídeo visionado.
Deve seguir a seguinte estrutura:
- Introdução (apresentar aquilo que vai ser objecto de comentário);
- Desenvolvimento (descrição e interpretação do que foi visionado);
- Conclusão pessoal e crítica.


APRESENTAÇÃO
- Uma folha de rosto com elementos de identificação da escola, do aluno e do trabalho em causa;
- Uma página de texto completa como comentário escrito (times new roman, tamanho 12, espaço simples, texto justificado;

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

relatório das aulas 15 e 16

ESCOLA SECUNDÁRIA C/3º CICLO D. MANUEL I – BEJA

Ano lectivo 2009/2010

Filosofia – 10ºAno



Rui Parente
Nº 23 Turma: A

Relatório de aula

Aulas nºs 15 e 16

13/10/2009




A professora iniciou a aula lendo o relatório da aula anterior.
A seguir, a professora deu-nos o endereço do blog da nossa turma e mencionou os objectivos de aula. O primeiro objectivo foi “identificar elementos do discurso argumentativo” e o segundo “aprender a argumentar”.
Em relação ao primeiro objectivo, a professora fez um esquema com os elementos do discurso argumentativo. Um discurso argumentativo tem um tema o qual suscita um problema. Para dar resposta a este problema criam-se teses que são defendidas através de argumentos que são as razões apresentadas para defender as teses. Podem também haver contra-argumentos que irão contrariar a tese e tentar explicar porque pode estar errada, logo os contra-argumentos são uma crítica e objecção à tese.
De seguida, analisámos um excerto do livro “Elementos Básicos de Filosofia” de Warburton. Warburton reflectia sobre a existência ou não de Deus. O escritor tomou partido da ideia cristã de Deus. Posto isto podemos saber que o tema do texto era Deus, e que o problema era a existência ou não de Deus. A tese era “Deus existe” e a antítese (contra-tese)era ”Deus não existe”. A professora referiu algumas religiões monoteístas, ou seja, que acreditam num só Deus como, por exemplo, o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo. Existem também Religiões sem Deus ou Deuses como o Budismo e religiões politeístas, ou seja, com mais que um Deus, como o Hinduísmo. O argumento de Warburton a favor da tese “Deus existe” (argumento do desígnio/finalidade), afirma que na Natureza tudo é apropriado à função que desempenha, ou seja, tudo parece ter sido concebido por um Criador. O autor do livro dá o exemplo do olho humano, em que todas as suas partes estão rigorosamente adaptadas para aquilo para que foi criada: conseguirmos ver. Warburton compara o olho humano com um relógio que foi feito por um relojoeiro. Logo, o argumento apoia a ideia de que um objecto concebido por humanos como relógio, é algo semelhante a um objecto natural como o olho humano.
Este tipo de argumento é conhecido como argumento por analogia pois tem-se por base uma semelhança ou semelhanças entre dois objectos. Os apoiantes do argumento do desígnio afirmam que para qualquer sítio que olhemos, por exemplo, árvores ou animais, tudo é feito de forma mais engenhosa que um relógio, logo Deus, o Relojoeiro Divino, é consequentemente mais inteligente que o relojoeiro humano. Um exemplo de uma crítica ao argumento do desígnio foi a de que este se baseia numa analogia fraca, pois assume sem discussão a existência de uma semelhança entre os objectos naturais e os objectos que sabemos que foram concebidos, logo a analogia é fraca e vaga.
Por fim, realizámos um exercício do caderno de actividades, que consistia em identificar uma tese a partir de três argumentos dados e chegámos à conclusão de que a tese era que “O Homem é um ser livre e que age voluntariamente”.
A professora marcou para trabalho de casa a leitura de um texto.



- O aluno deve justificar o texto;
- O relatório reflecte bem a aula.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Relatório das aulas 13 e 14

ESCOLA SECUNDÁRIA C/3º CICLO D. MANUEL I – BEJA

Ano lectivo 2009/2010

Filosofia – 10ºAno




Maria Teresa Sampaio
Nº17
Turma A

Relatório de aula

Aulas nº 13 e 14

08/10/2009


Na aula de filosofia do dia 08/10/2009 começámos por sumariar o seguinte: leitura e análise de um texto; a dimensão discursiva do trabalho filosófico; o processo argumentativo.
De seguida, a professora passou à leitura do relatório da aula anterior.
A professora iniciou a aula com uma pequena revisão e conclusão do 2º objectivo da aula anterior - distinguir o filosofar espontâneo do filosofar sistemático - questionando os alunos acerca desta distinção.
Depois concluímos e aprofundámos o último objectivo da aula anterior -distinguir a dimensão teórica da filosofia da sua dimensão prática - realizando e concluindo o esquema que tínhamos iniciado na aula anterior onde se distinguia as dimensões da filosofia. A dimensão teórica da filosofia define-se como exame de preconceitos, questionação e produção de respostas e argumentos. Já a dimensão prática da filosofia ajuda-nos a saber viver, a agir responsavelmente (pensar antecipadamente nas consequências dos seus actos e assumi-los) e encontrar uma finalidade para a vida. Neste ponto, a professora questionou os alunos sobre qual a sua finalidade de vida e obtivemos várias respostas, tais como: “ a minha finalidade de vida é ajudar os outros e assim ficarei a sentir-me melhor comigo próprio e consequentemente mais feliz”; “ a minha finalidade de vida é ser feliz”. Concluímos então que a grande finalidade de vida é principalmente ser feliz. Por outro lado, a dimensão prática da filosofia intervém a nível social e político, no sentido de construir um mundo melhor.
Para concluir a distinção das duas dimensões da filosofia, passámos à leitura do texto 6 da página 22. Após a leitura do texto, a professora questionou-nos sobre o tema do 1º parágrafo onde verificámos que se trata da filosofia de vida dos filósofos Sócrates, Comte-sponville e Jankélévitch. No 2º parágrafo, a ideia principal é que filosofar é viver. No 3º parágrafo, concluímos que deve haver uma interacção entre meditar e agir. Surgiu então o conceito de meditar, que significa reflectir, pensar sobre o próprio pensamento, concentrar-se no pensamento, estar completamente fechado sobre o seu próprio pensamento.
Por fim, passámos ao último objectivo de aula: compreender o raciocínio filosófico como raciocínio argumentativo. Qualquer discurso, enquanto acto de comunicação oral ou escrita, comporta elementos. A professora esquematizou então que no processo argumentativo o emissor (aquele que codifica e transmite a mensagem) é o orador, a mensagem (a sequência de sinais, que obedecem a um código, transmitidos pelo emissor ou receptor) é a tese/argumentos e o receptor (aquele que interpreta e descodifica os sinais do emissor) é o auditório. O discurso filosófico é fundamentalmente argumentativo. No final, a professora definiu os conceitos de argumentação, de tese e de argumento.
Para conclusão da aula, a professora enviou para trabalho de casa a elaboração de um comentário de texto da frase “Creio que todos os homens são filósofos, ainda que uns mais do que outros”.




- Este relatório apresentava algumas falhas de sintaxe;
- O relatório apresentava definições (de argumentação, de tese e de argumento) que foram retiradas, uma vez que não se justifica ter no relatório aquilo que está no caderno de todos os alunos

domingo, 11 de outubro de 2009

Filosofia - o que é isto?

Definições de Filosofia, Miguel Covas Lima

Definições dos filósofos sobre a filosofia


Em "Eutidemo" de Platão, é o uso do saber em proveito do homem, o que implica, 1º, posse de um conhecimento que seja o mais amplo e mais válido possível, e, 2º, o uso desse conhecimento em benefício do Homem.
Para René Descartes, significa o estudo da sabedoria.
Para Thomas Hobbes, é o conhecimento causal e a utilização desse em benefício do Homem.
Para Immanuel Kant, é a ciência da relação do conhecimento, finalidade essencial da razão humana, que é a felicidade universal; portanto, a Filosofia relaciona tudo com a sabedoria, mas através da ciência.
Para Friedrich Nietzsche, a filosofia "É a vida voluntária no meio do gelo e nas altas montanhas, a procura de tudo o que é estranho e problemático na existência, de tudo o que até agora foi banido pela moral." (Ecce Homo)
Para John Dewey, é a crítica dos valores, das crenças, das instituições, dos costumes, das políticas, no que se refere ao seu alcance sobre os bens ("Experience and Nature", p. 407).
Para Johann Gottlieb Fichte, é a ciência da ciência em geral.
Para Auguste Comte, é a ciência universal que deve unificar num sistema coerente os conhecimentos universais fornecidos pelas ciências particulares.
Para Bertrand Russell, a definição de "filosofia" variará segundo a filosofia adoptada. A filosofia origina-se de uma tentativa obstinada de atingir o conhecimento real. Aquilo que passa por conhecimento, na vida comum, padece de três defeitos: é convencido, incerto e, em si mesmo, contraditório. ("Dúvidas Filosóficas", p. 1)

Jaspers, comentário de Diana Macedo

Diana Macedo
Nº 8 10º A

Comentário de texto
“Filosofar significa estar a caminho”

A definição de filosofia e do filosofar não pode ser dada de uma forma única e conclusiva, uma vez que não existe nenhuma universalmente aceite. Cada filósofo, segundo a sua interpretação da vida e do mundo, constrói ele próprio uma definição pessoal de filosofia e da sua essência. Para o filósofo Karl Jaspers, por exemplo, “filosofar significa estar-a-caminho”. Debrucemo-nos então sobre esta breve e metafórica definição do filosofar, analisando e interpretando os seus possíveis significados.
Quando reflectimos sobre uma questão filosófica, é essencialmente a procura pela resposta a essa questão que nos permite evoluir e adquirir conhecimentos. Filosofar não nos levará assim ao encontro de respostas verdadeiras e definitivas, mas antes conduzir-nos-á pelo interminável caminho da verdade e do conhecimento.
Ao filosofarmos, percorremos uma pequena parte desse caminho, mas nunca conseguiremos encontrar o seu fim, ou seja, alcançar toda a sabedoria, todas as verdadeiras respostas. Apesar disso, podemos, a pouco e pouco, aproximarmo-nos cada vez mais da verdade absoluta, à medida que avançamos neste longo caminho. No fundo, este trata-se do longo caminho da aprendizagem.
Sempre que filosofamos, levantamos questões cujas respostas desejamos ardentemente e é a procura por estas respostas que nos faz avançar no caminho. Pelo contrário, o não-filosofar, ou seja, a ausência de perguntas e, consequentemente, a ausência de respostas, faz com que estejamos parados no caminho da verdade.
Em suma, filosofar é exactamente estar sempre a caminho, numa incessante busca pelo conhecimento verdadeiro. Enquanto avançamos, vamos atingindo verdades relativas, mas a verdade absoluta continua a esperar-nos no fim deste infindável caminho.

Jaspers, comentário de Francisco Teixeira

ESCOLA SECUNDÁRIA D. MANUEL I

2009/2010

Filosofia – 10º


Francisco Teixeira
Nº 9, Turma A




Comentário escrito a uma afirmação de Karl Jaspers


Na sua obra “Iniciação à filosofia”, Karl Jaspers fez uma afirmação que pôs muitas pessoas a pensar. Ele afirmou: “filosofar é estar a caminho”.
Do meu ponto de vista, Jaspers quis dizer que a filosofia é uma actividade infinita, pois por cada resposta que encontrarmos, encontramos também uma ou mais perguntas novas, de maneira que nunca chegamos a uma meta definitiva e continuamos sempre a caminhar à procura dela.
Penso que posso concluir que, de acordo com Jaspers, a filosofia tenta encontrar o limite de um universo infinito.

Relatório das aulas 11 e 12

Escola Secundária D.Manuel I – Beja
Ano Lectivo 2009/2010
Filosofia 10ºAno


Beatriz Santos Leal
Nº5 Turma: A

Relatório de aula
Aulas nº 11 e 12
6/10/2009


_____ Para dar início à aula, a professora leu o relatório da aula anterior o qual foi comentado por alguns alunos de forma positiva.
De seguida, a professora definiu os seguintes objectivos: aprender a elaborar um comentário de texto, distinguir Filosofar Espontâneo de Filosofar Sistemático e ainda distinguir dimensão teórica da Filosofia da dimensão prática. Após definidos os objectivos, avançámos para a leitura de alguns trabalhos de casa, que eram a realização de um comentário de texto sobre a frase de Karl Jaspers, “Filosofar significa estar a caminho”. Num dos comentários texto lidos pela professora e elaborados por um aluno surgiram os conceitos de verdade absoluta e verdade relativa, os quais a professora esquematizou no quadro. Verdade divide-se em dois tipos, a verdade absoluta (uma verdade independentemente de pontos de vista) e a verdade relativa (dependente de condicionantes que podem ser históricas, culturais, pessoais e sociais).
De seguida passamos à leitura do texto 4 da página 20 do Manual, deste retirámos a ideia de que é preciso incentivar as pessoas a raciocinar, a ter argumentos para defender a sua posição e/ou opinião mas apesar de isto ser tolerante. Todos nós devemos ter opinião, não interessando para isso a classe social a que se pertence e todos devem ter possibilidade de se expressar livremente e de ser letrado. Não é por se ser filósofo que as opiniões têm mais importância. Todos temos a possibilidade de filosofar, os filósofos têm um filosofar sistemático, mas todos os humanos têm direito ao filosofar espontâneo, por isso, diz o texto que: “Reservar a filosofia aos que se dizem filósofos seria tão ridículo como proibir de cozinhar os que não são cozinheiros profissionais.” Com isto o autor do texto, Albert Jacquard, quer dizer que o facto de só os filósofos poderem filosofar é o mesmo que dizermos às pessoas que não podem cozinhar pois não são profissionais.
Foi lido o texto 5, após o qual, a professora nos questionou sobre o assunto dominante e o tema do mesmo. O texto trata do tema “o que é ser filósofo” e a ideia defendida é o facto de todos os homens serem considerados filósofos, esta mesma afirmação foi definida pela professora como a tese do texto. Neste texto percebemos que todos têm problemas filosóficos e que já se questionaram sobre eles só que não têm consciência de que aquele pensamento é filosófico. Existe um determinado preconceito em relação às coisas que interiorizámos, por isso, não as questionamos nem pomos em causa, admitindo o preconceito como uma verdade absoluta, que como já foi referido é sempre verdade independentemente de outros pontos de vista.
Em resolução do 3º objectivo, falámos das 2 dimensões da Filosofia, a dimensão teórica e a dimensão prática. As palavras teoria e prática provêm do grego: theoria (exercício intelectual ou estudo) e praxis (acção). Na sua dimensão teórica, “a filosofia visa conhecer a essência da realidade, procurando uma compreensão da totalidade das coisas e dos seres. Permite uma visão integrada do real, ao mesmo tempo que reflecte sobre os vários saberes e os problemas por eles suscitados.” E na dimensão prática, “a filosofia ajuda-nos a orientarmo-nos no mundo, a saber viver, a agir de forma responsável, a encontrar uma finalidade para a vida, em ordem à conquista da felicidade. Por outro lado, ela intervém a nível social e político, no sentido de construir um mundo melhor.”




- Relatório muito completo (embora pudesse ser mais sintético)
- Boa compreensão dos conteúdos leccionados

Relatório das aulas 9 e 10

ESCOLA SECUNDÁRIA C/3º CICLO D. MANUEL I – BEJA

Ano lectivo 2009/2010

Filosofia – 10ºAno


Miguel Covas Lima
Nº18 Turma A

Relatório de aula

Aulas nº 9 e 10

01/10/2009




A aula foi iniciada com a leitura do relatório da aula anterior.
Depois da professora tirar algumas dúvidas sobre os temas abordados na aula anterior, nos quais alguns alunos não tinham conhecimento devido ao facto de se terem de ausentar mais cedo, a professora definiu e mencionou os objectivos de aula. Sendo assim, começámos com o objectivo de distinguir o filósofo do sábio, com a leitura do texto 3 da página 18. Através da análise deste pequeno texto ficámos a perceber que a palavra ‘filósofo’ (philosophos) significa o que ama o saber, o que se opõe ao sábio (sophos) que pensa que já possuí todos os conhecimentos. É a procura da verdade e não a sua posse que constitui a essência da filosofia. “Filosofar significa estar a caminho”. E na filosofia são muito mais importantes as interrogações do que as respostas, porque cada uma destas transforma-se numa nova interrogação. Depois de chegarmos a todas estas conclusões, a professora referiu que ao longo da história as pessoas tomavam partido das opiniões de um filósofo, as quais nunca questionavam. O filósofo de referência duma parte da Idade Média era Platão e as pessoas concordavam totalmente com as suas opiniões, tendo uma atitude dogmática. De seguida, a professora mencionou também que a filosofia de Sócrates era conhecida pelos livros de Platão e que era difícil distinguir o pensamento socrático do pensamento platónico. É então que a professora refere a famosa frase de Sócrates “Só sei que nada sei”. A atitude de Sócrates é uma clara expressão de douta ignorância, uma ignorância sábia. Sócrates não tem a certeza de que os seus conhecimentos são verdadeiros. Para se ser filósofo é preciso admitir que não se sabe para encetar a demanda da verdade. Porém, o sábio, já sabendo, não precisa de procurar.
De seguida, passámos para o segundo objectivo: aprender a comentar um texto. Neste âmbito, a professora referiu como se devia estruturar um comentário de texto. Na introdução deve-se identificar o tema em causa, no desenvolvimento analisar e interpretar o texto e na conclusão apresentar uma conclusão pessoal.
Seguidamente, a professora enviou para trabalho de casa a elaboração de um comentário de texto a uma frase anteriormente já referida: “Filosofar significa estar a caminho”.
Por fim, passámos para o último objectivo: distinguir o filosofar espontâneo do filosofar sistemático. O filosofar espontâneo define-se como algo que brota sem intenção e que pode ser feito por qualquer um. Caracteriza-se assim por ser uma forma interrogativa de observar a realidade, por ser crítica, e por ser uma atitude anti-dogmática e derivar do espanto. Já o filosofar sistemático é realizado por filósofos e caracteriza-se pela intencionalidade na investigação. Esta forma de filosofar produz respostas e argumentos para as suas respostas e a atitude acaba por ser a mesma do que a utilizada no filosofar espontâneo, só que de uma forma intencional. A professora referiu também que a filosofia divide-se em diferentes áreas de questionação (disciplinas filosóficas), nas quais podemos encontrar a axiologia (questiona os valores), a ética (questiona valores éticos como o bem e a justiça) e a estética (questiona as noções de beleza e de arte). A filosofia da religião é também uma área da filosofia mas não é considerada uma disciplina, assim como a filosofia política. A lógica estuda a estrutura do pensamento humano. Quanto à atitude do filosofar, a professora fez questão de mostrar que a atitude e o comportamento, o que para muitos alunos seria semelhante, acabam por ser duas coisas extremamente distintas. O comportamento é observável e a atitude é interior e não observável. Chegámos também à conclusão de que um filósofo tem uma capacidade de espanto semelhante ao de uma criança, porque acaba por ver sempre o mundo como se fosse pela primeira vez, porém, vê de uma maneira diferente. O filósofo espanta-se com o que já lhe é familiar.



- Este relatório, no que diz respeito à apresentação dos conteúdos, está mais rigoroso do que os anteriores;
- É também um relatório de aula bem estruturado e completo (boa selecção do essencial da aula);
- O Miguel deve ser mais cuidadoso no uso da pontuação, particularmente, no uso de vírgulas.

Relatório das aulas 5 e 6

João Mamede
Numero:13 Turma A
Relatório de aula
Aulas número 5 e 6, dia 24 de Setembro



A aula foi iniciada com a leitura do relatório da aula anterior. De seguida, a professora definiu e mencionou os objectivos da aula. Começámos a aula com o objectivo de contextualizar historicamente a origem da Filosofia. Onde se originou a filosofia? A filosofia originou-se na Grécia. Supõem-se que surgiu entre os séculos VI e VII antes de Cristo, porque os primeiros filósofos não deixaram registos. Estes primeiros filósofos são os pré-socráticos (antes do filósofo Sócrates). Os pensadores orientais não são considerados filósofos por acreditarem em valores míticos e religiosos e porque a filosofia tem um pensamento 100% racional. Existe um certo preconceito que tem de se ser ocidental para poder ser filósofo, mas todos o podem ser. Nos séculos seis e sete antes de Cristo, altura em que surgiu a filosofia, não existia um estado grego, a Grécia era dividida em cidades-estado (Polis). Cada cidade-estado tinha os seus deuses e os seus governadores e diferentes regimes políticos. A única coisa que os unia era a língua, o grego antigo. Na altura a Polis Atenas era a mais importante porque foi lá que surgiu, pela primeira vez, o regime político democrático. A parte ‘demo’ da palavra significa povo e ‘cracia’ significa poder. Na Grécia eram poucos os cidadãos com direitos políticos. A sociedade grega era esclavagista, existiam escravos na Grécia. As mulheres, as crianças, os escravos e os estrangeiros não tinham direitos políticos. E para se ser cidadão tinha de se ser filho de um grego e de uma grega. Os cidadãos eram chamados a exercer directamente o poder. A actividade política era a principal ocupação dos cidadãos, mas também se dedicavam à filosofia, à arte e ao culto do corpo (praticavam ginásio). O modelo de beleza grega era masculino. A prática homossexual nos homens era normal e aceite, os homens eram casados e com filhos mas praticavam a homossexualidade. Os cidadãos em geral eram ricos e quem cuidava das suas casas eram as mulheres, portanto, dedicavam-se à política pois não tinham muito trabalho, mas sim muito tempo livre. Como um autor desconhecido disse: “A filosofia nasce do ócio” (nasce do tempo livre).
O segundo objectivo da aula foi conhecer a etimologia da palavra filosofia. Procurar a etimologia de uma palavra é procurar a origem linguística dessa palavra. Transliterar significa mudar uma palavra de um alfabeto para outro alfabeto. A palavra filosofia no alfabeto grego escreve-se com as letras phi-F, iota-i, lambda-l, omicron-o, sigma-s, omicron-o, phi-f, alfa-a (philosophia). A parte philia da palavra significa amor/amizade e sophia significa sabedoria. Filosofia etimologicamente significa amor pela sabedoria (definição incontestável), mas não define em rigor o que é a filosofia.
O terceiro objectivo da aula era distinguir philosophos de sophos. Na antiguidade grega não existia ciência. A filosofia é que estudava e investigava temas como a biologia, a geologia, a psicologia, etc. A filosofia era uma actividade de procura de conhecimento teórico muito abrangente, que incluía o estudo de temas hoje divididos pelas diversas ciências. Um filósofo é muito diferente de um sábio. O filósofo é quem investiga, é quem é amante da sabedoria e que está sempre a querer saber mais. O sábio intitula-se sábio por isso já sabe tudo, já não investiga mais nada, pensa que já sabe tudo, mas ninguém sabe tudo. E, com esta atitude, não questiona se os seus conhecimentos são verdadeiros ou falsos.

“ Só sei que nada sei” – Sócrates.








- A apresentação deste relatório é muito cuidada.
- É um relatório de aula bastante completo.
- A estruturação do discurso, por vezes, parece telegráfica, ié, falta o encadeamento entre as ideias.
- Verificam-se alguns erros de acentuação.
- O início dos parágrafos não é assinalado com o espaço devido.

Relatório das aulas 3 e 4

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO
D. MANUEL I
2009/2010
Filosofia - 10º ANO

RELATÓRIO DE AULA





Elaborado por:
Ana Catarina N. Caetano da Silva
Nº 2
Turma A



Aulas nº 3 e 4
Data: 22/09/2009

Na aula de filosofia do dia 22 de Setembro de 2009, foi dada continuidade ao realizado na aula anterior: a Professora propôs aos alunos, logo na primeira aula, como forma de teste diagnóstico, que se pronunciassem sobre uma das questões seguintes: “O que é a Filosofia?” e “O que é o tempo?”. Cada um de nós escolheu uma destas questões e, por escrito, de forma espontânea, manifestámos as nossas opiniões.
A Professora fez um apanhado/resumo sobre as nossas ideias relativamente aos temas (filosofia e tempo) extraindo aquelas que lhe pareceram mais pertinentes para a discussão em sala de aula sobre esses temas.
Assim, nesta aula foi feita a análise das respostas dadas.
– No que diz respeito à Filosofia ser ou não uma ciência, a Professora explicou o seu ponto de vista referindo que essa atribuição de cientificidade à Filosofia depende da própria interpretação do conceito de ciência. Por outro lado, a Filosofia, ao contrário das várias ciências como a Matemática ou a Biologia, não tem um objecto específico de estudo porque o seu objecto é toda a realidade.
- Houve aceitação sobre o facto de a Filosofia estudar o pensamento humano e ser um debate de pontos de vista ou opiniões que aceitam várias respostas. Assim, a atitude filosófica é uma atitude interrogativa. No entanto, o Filósofo, por vezes, coloca questões para as quais não encontra respostas, mas que lhe permitem desenvolver o seu sentido crítico. Nessa procura de explicações ele pode, no entanto, encontrar novas perguntas
- As crianças são boas filósofas porque desconhecem muito do que as rodeia e, por isso, à semelhança dos filósofos que vivem mais das interrogações do que das respostas, questionam muito.
- Sobre o conceito de Filosofia foi concluído que é um conceito com definições que podem variar de pessoa para pessoa, pelo que se torna difícil dar uma definição única de Filosofia
- Foi rejeitada a ideia de relação entre a História e a Filosofia. Apesar da Filosofia estar repleta de nomes de Filósofos famosos que ficaram na História, tal como Sócrates, Platão ou Aristóteles, não é a sua história que interessa à Filosofia.
- Outra afirmação que não ganhou aceitação foi a de que “a Filosofia é uma explicação de coisas inexplicáveis”. Na realidade, a Filosofia tenta compreender coisas que são incompreensíveis/misteriosas.
De seguida, passou-se à análise de um conceito filosófico: o Tempo.
Concluímos, então, que a palavra “tempo” tem dois sentidos distintos na língua portuguesa: tempo-duração e meteorologia. O tempo enquanto estado atmosférico pode ser explicado cientificamente e por isso não se torna problema filosófico. O tempo-duração ainda não foi totalmente desvendado pela ciência e é um objecto de reflexão filosófica.


Ana, a apresentação do trabalho está impecável.
Quanto ao conteúdo, gostaria que o relatório correspondesse a um texto corrido, sem esta divisão por tópicos.
Houve alguma confusão na apresentação dos conteúdos, mas isso deve-se ao tipo de aula que foi e, também, à falta de prática neste tipo de trabalho. Tenho a certeza que o próximo será bem melhor!