terça-feira, 9 de março de 2010

Relatório das aulas 83 e 84

Gonçalo Cruz
Numero: 10, Turma A
Relatório de Aula
Aulas nº 83 e 84
4/03/2010

A aula começou com a entrega do quarto trabalho de reflexão filosófica, que por sua vez mostrou que os seus resultados foram positivos havendo só 5 negativas. Em seguida, a professora fez uma pequena explicação do que nós poderíamos ter referido no trabalho. Em seguida, definiu e mencionou os objectivos de aula que seriam: relacionar “pessoa” e o “outro”; analisar argumentativamente casos da ética aplicada.
Fizemos então uma revisão da matéria falada na última aula. Durante a revisão voltámos a referir as áreas de reflexão ética, que seriam a ética normativa, que procura encontrar os princípios morais fundamentais que orientam a conduta humana, e permitem distinguir as acções correctas das acções incorrectas; a metaética, que estuda os conceitos e os juízos morais; temos também a ética aplicada, que analisa casos particulares, na tentativa de indicar soluções possíveis para esses problemas; e por último temos a ética profissional, que procura encontrar as normas que devem reger o exercício de uma profissão.
Seguimos então com a aula, com o conceito de “pessoa”. Para um ser humano ser “pessoa”, tem que ser racionalmente desenvolvido, dotado de livre-arbitrio e tem que ter uma consciência moral. Ser “pessoa” é ser um sujeito moral, pois possui uma consciência moral. A professora tentou elucidar-nos sobre a complexidade do conceito de consciência, apelando a conteúdos já estudados como actos conscientes e inconscientes. A consciência moral é uma componente da consciência em geral. E quando, por exemplo, dizemos que temos um peso na consciência, isto indica que fizemos algo que vai contra as nossas normas e sentimos culpa.
Esta consciência moral de que falamos está presente quando formulamos juízos morais. A consciência moral vai-se desenvolvendo à medida que crescemos, esta consciência não é inata, ou seja, não nasce connosco. Só conseguimos formar a consciência moral quando vivemos em sociedade, pois vamos tomando contacto com os outros seres humanos. As crianças inicialmente não têm uma noção do que é o bem e o mal, mas à medida que vão crescendo vão aprendendo, por exemplo, imitando o que os “outros”, que por sua vez são aqueles que são semelhantes a nós, fazem e as escolhas que tomam. A professora deu como exemplo uma criança de 5 anos matar o irmão, neste caso não poderíamos culpar esta criança, pois ainda não tem a sua consciência moral plenamente desenvolvida. Isto indica que os actos das crianças até uma certa idade, são actos amorais, ou seja, não se possui consciência moral.
Seguimos com a aula lendo a página 116 do manual onde estava uma pequena situação onde se vê se as acções podem ser julgadas como morais ou imorais, e se o sujeito pode ou não ser responsabilizado. Nesta situação a rapariga que encontra a carteira tem simplesmente duas opções: entregar, ou não, a carteira ao seu dono, já que sabia quem era. Ela hesita pois a carteira tem 100 euros que lhe permitiriam ir ao concerto, mas ela fica com a consciência pesada se não entregar a carteira, pois não estaria a obedecer às normas da sua sociedade, sabendo que era errado ficar com a carteira.
A consciência moral tem várias funções, a consciência moral é legisladora e guia, estimulante e moderadora, e é uma testemunha e juiz. Temos como exemplo de como a consciência pode ser testemunha, o caso da Sílvia onde a sua consciência foi a testemunha do seu acto.
Para as crianças é mais fácil ajuizar enquanto que para os adulto ajuizar torna-se mais difícil, pois como possuem mais conhecimentos e mais experiência de vida, podem questionar muita coisa..
Da heteronomia podemos ter como exemplo mais uma vez as crianças, pois elas seguem as normas dos outros, por exemplo, elas seguem as normas dos seus pais. Da autonomia podemos ter como exemplo os adultos, pois eles podem desenvolver regras própria.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Relatório da aulas 81 e 82

Pedro Ribeiro
Nº20
Relatório das aulas 81 e 82

Começámos a aula com a definição de quais seriam os objectivos da aula. O 1º objectivo foi conhecer as diferentes áreas de reflexão ética. O 2º objectivo foi definir pessoa e, por último, o 3º que foi compreender a consciência moral como algo adquirido.
De seguida fizemos a análise do filme “L’enfant Sauvage” que visionámos na aula anterior. Vimos que este sofreu mudanças ao longo do tempo a nível da motricidade, fisiologia sensorial, afectividade, moralidade e cognição.
Depois estudámos as diferentes áreas de reflexão ética que são: a ética normativa que procura encontrar os princípios morais fundamentais que orientam a conduta humana, e que permitem distinguir as acções correctas das incorrectas; a metaética que procura descobrir a origem, a natureza e o significado dos princípios éticos e que estuda os conceitos e os juízos morais, a ética aplicada que analisa casos particulares como o aborto, a eutanásia, etc, na tentativa de indicar soluções possíveis para esses problemas e, por fim, a ética profissional que pretende procurar as normas que devem reger o exercício de uma profissão.
Já no fim da aula definimos ser-se pessoa. Definimos que é um ser humano racionalmente desenvolvido, dotado do livre-arbitrio e de uma consciência moral.
Vimos ainda que a consciência moral não nasce com as pessoas, esta vai se desenvolvendo à medida que em crianças as pessoas se vão adaptando ao que é o bem e o mal, e vão interiorizando as regras.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Relatório das aulas 77 e 78

Luisa Caroucinho
Nº 15
10º A


Relatório de aula
Aulas 77 e 78
23/02/2010



A aula foi iniciada com a abertura da lição e a professora definiu e mencionou os objectivos de aula.
Seguidamente, foi feita a correcção do trabalho de casa, o qual consistia na realização do exercício 19, da página 23 do Caderno de Actividades. Este exercício consistia na análise de uma pratica cultural que se continua a exercer em vários países africanos e até na Europa, e que nos havia sido dada a conhecer numa das aulas anteriores, refiro me à mutilação genital feminina. E tendo em conta a atitude etnocêntrica, intercultural e relativista, identificar a que melhor poderia responder à situação anteriormente apresentada. Seguiu-se uma pequena discussão relativa a este assunto. Foi excluída à partida a atitude relativista, uma vez que um relativista iria aceitar e respeitar esta prática ainda que fosse contra a sua cultura e não iria intervir. As duas atitudes que suscitaram maiores dúvidas foram a atitude etnocêntrica e a atitude intercultural. Um etnocêntrico tenderia a impor os seus valores e modelos de comportamento de uma forma violenta enquanto que um indivíduo defensor da interculturalidade iria pela via do diálogo, e tentaria convencer essa cultura de que a prática é incorrecta, não respeitando assim os Direitos Humanos.
Ao assumir quer uma atitude etnocêntrica quer uma atitude intercultural estamos a assumir a universalidade de um conjunto de valores.
Após ouvirmos o ponto de vista de alguns dos alunos, chegámos à conclusão que primeiro tentaríamos ir pela via pacífica (atitude intercultural) tentando explicar a crueldade desta prática. Poder-se-ia mesma recorrer à chantagem para fazer com que esse povo cedesse. Se, porventura, estes procedimentos anteriormente referidos não sortissem qualquer efeito então teria que se optar por uma medida mais drástica, o que poderia levar-nos para uma atitude etnocêntrica.
Foi assim concluído o primeiro ponto do sumário.
Seguiu-se o cumprimento do 1º e único objectivo de aula que consistia em distinguir ética de moral. Em primeiro lugar, a professora procedeu à apresentação da Unidade cujo estudo iríamos iniciar.
No nosso dia-a-dia não fazemos distinção entre ética e moral, usamos as duas palavras como sinónimos. Mas, estudiosos da questão fazem uma distinção entre as duas palavras. A moral é definida como o conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Portanto, a moral é normativa. Já a ética é definida como a teoria, o conhecimento ou a ciência do comportamento moral, que busca explicar, compreender, criticar e justificar a moral ou as "morais" de uma sociedade. Dessa forma, a moral é particular e a ética é universal (procura normas morais universais).
As normas são essenciais para permitir a convivência entre os diferentes indivíduos que integram a sociedade, são elas que nos apresentam as características da nossa acção e nos apresentam um modelo de acções a seguir. A ética é a reflexão acerca das normas que devem orientar a nossa acção.
Se uma sociedade não consegue que essas normas abranjam todos os indivíduos isso pode gerar conflitos, como é o caso dos indivíduos de etnia cigana.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A "criança selvagem" de Aveyron

O “menino selvagem” de Aveyron
Em AEC 01, Antropologia, Psicologia e Sociologia, Sociologia, Área de Estudos da Comunidade Outubro 1, 2008 às 12:19 am

A 9 de Janeiro de 1800, uma criatura estranha surgiu dos bosques perto da aldeia de Saint-Serin, no sul de França. Apesar do seu andar erecto, parecia mais um animal do que um ser humano, embora tenha sido de pronto identificado como um rapaz de onze ou doze anos. Expressava-se por guinchos, emitindo gritos agudos. Aparentemente, o rapaz não sabia o que era higiene pessoal e aliviava-se quando e onde era sua vontade. Foi entregue às auto¬ridades locais e transportado para um orfanato das redondezas. No início, tentava fugir cons¬tantemente, sendo capturado com alguma dificuldade. Recusava-se a usar roupas, que rasgava mal o obrigavam a vestir. Nunca ninguém apareceu a reclamar a sua paternidade.
A criança foi sujeita a um completo exame médico, que concluiu não existirem defi-ciências de maior. Quando lhe foi mostrado a sua imagem reflectida num espelho, apesar de visualizar uma imagem, não se reconheceu nela. Certa vez, tentou agarrar uma batata que viu reflectida no espelho (quando na realidade a batata estava a ser segura por trás da sua cabeça). Depois de várias tentativas, sem que tivesse virado a cabeça, apanhou a batata alcançando-a por trás do ombro. Um padre, que observou o rapaz diariamente, descreveu o incidente da batata do seguinte modo:

Todos estes pequenos detalhes, e muitos outros que poderíamos acrescentar, provam que esta criança não é totalmente desprovida de inteligência, reflexão e poder de raciocínio. Porém. somos obrigados a admitir que, em todos os aspectos que não dizem respeito às suas necessidades naturais ou de satisfação do seu apetite, apenas se observa nele um comportamento animal. Se tem sensações, estas não originam nenhuma ideia. Ele nem sequer as consegue relacionar. Poderia dizer-se que não há qualquer relação entre a sua alma ou mente e o seu corpo (Shattuk. 1980. p. 69: ver também Lane, 1976).

Mais tarde o rapaz seria levado para Paris e foram feitas tentativas sistemáticas de o transformar “de animal em humano”. O esforço só em parte foi um sucesso. Ensinaram-lhe a usar a casa-de-banho, passou a aceitar usar roupas e aprendeu a vestir-se. Continuava, contudo, com um grande desinteresse por brinquedos e jogos, e nunca foi capaz de dominar mais do que algumas poucas palavras. Pelo que podemos saber, com base na descrição deta¬lhada do seu comportamento e reacções, isto não acontecia por ele ser mentalmente desfavo¬recido. Parecia incapaz ou sem vontade de dominar o discurso humano. Poucos mais progressos fez e acabou por morrer em 1828, com cerca de quarenta anos de idade.
Naturalmente, temos de ser cuidadosos na interpretação de casos deste género. É possí-vel que se tenha dado o caso de se tratar de uma deficiência mental não diagnosticada. Por outro lado, é possível que as experiências a que esta criança foi sujeita lhe tenham infligido danos psicológicos impeditivos de dominar práticas que a maioria das crianças adquire em tenra idade. Há, no entanto, semelhanças suficientes entre este caso histórico e outros que foram registados para que possamos sugerir o quão limitadas seriam as nossas faculdades na ausência de um longo período de socialização primária.


Anthony Giddens, “Sociologia”, Fundação Calouste Gulbenkian

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Relatório das aulas 71 e 72

Francisco Teixeira
Nº 9, Turma A




Relatório de aula

Aulas Nº 71 e 72


Iniciámos a aula por abrir a lição e definir o sumário e os objectivos da mesma.
De seguida concluímos o estudo da interculturalidade ao distinguirmos aquilo que é a tolerância relativista, daquilo que é a tolerância intercultural, e a professora, com a participação de turma, definia a primeira como passiva, indiferente e ilimitada, e a segunda como activa, preocupada e limitada.
Depois a professora leu o exercício 19 da página 23 do caderno de actividades, e após informar-nos mais sobre a mutilação genital feminina, mandou-nos pensar qual o ponto de vista que melhor responde a este problema (o etnocentrismo, o relativismo, ou a interculturalidade).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Correcção do 3º teste

Escola Secundária com 3º ciclo D. Manuel I - Beja
Ano lectivo 2009 / 2010
FILOSOFIA
10º Ano, turma A

Correcção do 3º Teste de Avaliação – 4 Fev 2009

Grupo I
(5 pontos cada = 50 pontos)
1. D
2. A
3. D
4. G
5. F
6. E
7. F
8. D
9. A
10. E


Grupo II
1. “Este bolo é amargo” é um juízo de valor (5 pontos) porque avalia o sujeito “bolo” atribuindo-lhe um predicado (“amargo”) tal que não permite a verificação do valor de verdade do juízo. (10 pontos) Trata-se de uma apreciação subjectiva, dependente de quem prova o bolo e, portanto, discutível. (5 pontos)
2.1. O juízo apresentado é representativo de uma perspectiva axiológica objectivista (5 pontos), uma vez que nos apresenta um valor – a beleza – como uma qualidade que existe nos próprios objectos, independentemente da valoração humana. Do ponto de vista deste juízo, o valor existe na dependência dos objectos e não na dependência do sujeito humano, como pretende o subjectivismo axiológico. (15 pontos)
3. Os fundamentos do ontologismo platónico são a existência de um mundo imaterial, eterno e imutável das ideias entre as quais se encontram ideias de valores (10 pontos) e a existência de almas imortais originárias desse mundo inteligível, onde contemplaram os valores. (10 pontos)
4. O relativismo defende que cada cultura só deve ser avaliada a partir de dentro e, assim sendo, os juízos de valor de diferentes grupos culturais, por mais opostos que sejam, são igualmente válidos no seu contexto próprio. (10 pontos). Esta concepção relativista, claro está, é incompatível com uma concepção de juízos de valor absolutos: um juízo de valor não pode, ao mesmo tempo, ser verdadeiro independentemente dos contextos em que é enunciado e ter um valor de verdade relativo. (10 pontos)
5. O juízo a) - “A escravatura é uma prática horrenda que ainda hoje é praticada por alguns povos atrasados” - é o juízo etnocêntrico, porque o etnocentrismo é um ponto de vista sobre a diversidade cultural que toma como modelo de referência de práticas correctas a sua própria cultura. (10 pontos) Ao afirmar-se que a escravatura é uma prática horrenda e que os povos que a praticam são atrasados, alguém está a avaliar uma cultura diferente da sua a partir dos valores da sua própria cultura. (10 pontos)




Grupo III
(50 pontos)

Introdução (5 pontos)
Corpo de desenvolvimento (40 pontos):
- Correcta exposição de conteúdos adequados ao tema;
- Apropriação pessoal dos conteúdos;
- Opiniões fundamentadas;
- Relação coerente das ideias apresentadas;
Conclusão pessoal e/ou crítica (5 pontos)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Relatório das aulas 67 e 68

Miguel Covas Lima
Nº18 Turma A

Relatório de aula

Aulas nº 67 e 68

02/02/2010



A aula foi iniciada com uma chamada oral, com o objectivo de fazer uma síntese dos conteúdos anteriormente leccionados, sendo preciso a sua compreensão para um melhor entendimento do que viriam a ser as tarefas propostas.
De seguida, foi assim apresentado o objectivo da aula, que passaria por comparar relativismo e interculturalidade. Sendo assim, a interculturalidade foi apresentada como uma alternativa ao relativismo, já que a posição deste não nos permite fundamentar convenientemente o modo como agir. Apesar do relativismo se encontrar, em princípio, em consonância com o modelo de sociedade multicultural, ele não nos parece ser capaz de responder eficazmente aos problemas concretos que a mesma comporta. Precisamente porque os problemas culturais parecem exigir outro tipo de resposta, surgem actualmente propostas que defendem o diálogo intercultural, a cooperação solidária e a defesa da dignidade humana como princípios universais.
Define-se, pois, uma nova atitude que pretende ser intercultural. Sendo assim, a interculturalidade segue determinados parâmetros: reconhece a natureza plural e diversificada da cultura humana, promove o contacto entre as diferentes culturas porque parte do pressuposto de que é possível a compreensão entre si, acredita que há vínculos que unem as diferentes comunidades, defende que é possível compartilhar valores e estabelecer normas de convivência, assumir a universalidade dos direitos humanos, exige a prevenção de conflitos e aposta na educação de valores universais. A interculturalidade promove assim a integração e a interacção, partindo do pressuposto de que a humanidade ganha com a diversidade cultural, propondo assim o contacto e o diálogo entre as diferentes culturas no sentido de estas se enriquecerem mutuamente.
De seguida analisámos o texto 16 da página 107, que apoia a tese da interculturalidade. Neste texto a filósofa francesa Monique Canto-Sperber apresenta uma crítica à atitude relativista: aceitar que cada cultura defina para si própria as suas normas, as suas regras e os seus horrores não é desejável. No entanto, não deixa de reconhecer a importância do contexto cultural. O universalismo que propõe não é o da definição de um conjunto de normas abstractas, sem conteúdo, isto é, sem considerar os valores, as crenças, as ideias (sempre diferentes) dos homens. É, pelo contrário, um universalismo que tem em conta o contexto (cultural, social, histórico) em que vivemos. Trata-se de uma solução intermédia, entre a tendência para defender apenas o contexto particular e cultural do indivíduo e a tendência, de algumas outras posições, para delimitar normas e princípios tão gerais e abstractos que são difíceis de concretizar na vida prática. A solução intermédia, proposta pela filósofa, assenta na ideia de que existe um conjunto de valores essenciais e universais, subjacente a todas as culturas, ainda que, considerando a diversidade de contextos, se manifeste de modos distintos.
Por fim, no último tempo de aula a professora decidiu tirar dúvidas que os alunos tivessem, já que o teste realizar-se-á na aula seguinte.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Relatório das aulas 65 e 66

Bento Caldeira de Quadros e Costa
Nº 6 10º A

Relatório de Aula
Aulas nº 65 e 66
28 de Janeiro de 2010





A aula foi iniciada como já vai sendo habitual com a indicação dos objectivos de aula. Neste dia os objectivos foram a questionação dos limites da tolerância e a relação entre critério universais, tolerância e juízos de valor absolutos.
Após a professora ter ditado os objectivos de aula, a professora questionou os alunos sobre alguns conteúdos trabalhados na aula passada. Neste caso estas questões foram sobre o significado de cultura e as manifestações culturais.
Realizámos ainda um pequeno esquema já envolvendo o primeiro objectivo da aula, sobre a valoração, onde se divide os juízos de valor em juízos de valor absolutos e juízos de valor relativos. Os juízos de valor absolutos são próprios de uma atitude etnocêntrica, que acredita na universalidade dos seus próprios valores culturais (o que é contraditório, porque estes são particulares, são os valores específicos de um grupo). Os juízos de valor relativos, como o próprio nome indica, são próprios de uma visão relativista da cultura. Se considerarmos um juízo de valor como absoluto, então o seu valor verdade será independente de quaisquer contextos. Se considerarmos um juízo de valor como relativo então afirmamos que a sua validade depende e varia conforme os contextos.
A multiculturalidade foi outro conceito que desenvolvemos nesta aula. Este indica-mos a co-existência de grupos culturais distintos. Por exemplo, numa grande cidade podemos encontrar várias culturas distintas.
O relativismo apela à tolerância. Sendo a tolerância defendida pelo relativismo pacífica, mas também passiva e indiferente. Criticámos esta noção de tolerância, afirmando a importância da tolerância ser activa e preocupada e afirmando também a importância de definir limites que nos indiquem até que ponto devemos ser tolerantes. Avançou-se a hipótese do limite da tolerância corresponder ao respeito pelos direitos humanos. Se assim for, podemos tolerar qualquer prática cultural, por muito estranha que nos pareça, desde que não viole direitos humanos. Esta crítica irá conduzir-nos ao estudo de uma terceira perspectiva: a multiculturalidade.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Diana Macedo - 3º Trabalho de reflexão filosófica

“A Problematicidade dos Valores”

Diana Macedo
Nº 8

10º A


Desde os tempos mais remotos que o ser humano sente a necessidade de atribuir um determinado valor a todos os objectos e situações. De facto, os valores têm um papel fundamental e imprescindível na vida humana, uma vez que eles funcionam como uma bússola da acção humana, influenciando as nossas decisões, os nossos projectos de vida e até a nossa visão sobre a sociedade e este complexo mundo que nos rodeia. Um mundo desprovido de valores não deixaria assim lugar para a existência humana, visto que a prática constante da valoração é uma das condições inerentes a esta. A tudo aquilo que observamos ou sentimos atribuímos imediatamente um valor e é este que irá guiar as nossas futuras acções relativamente ao objecto valorado. No entanto, à medida que a nossa experiência valorativa aumenta, rapidamente nos apercebemos de que, perante um mesmo objecto, diferentes pessoas fazem diferentes valorações, consoante as suas preferências ou interesses. Por outro lado, certos objectos e situações parecem ser inerentes a um mesmo e único valor, independentemente do indivíduo que proceda a tal valoração. Esta divergência no que toca à natureza de um dos alicerces no qual assenta a existência humana conduz-nos assim a um verdadeiro e real problema filosófico, cujas múltiplas e indefinidas respostas este texto se propõe a analisar e esclarecer.
Em primeiro lugar, é fundamental evidenciar a diferença que se estabeleceu entre as definições de facto e valor. Todos os homens, na sua vida quotidiana, expressam constantemente os seus sentimentos e sensações relativamente aos objectos, situações e pessoas com os quais estão em contacto. Porém, nem todos os juízos a que recorremos para dar voz às nossas vivências interiores se tratam efectivamente de valorações. Quando descrevemos algo de uma forma clara e objectiva, independente de quaisquer preferências ou apreciações estamos a realizar um juízo de facto, o qual não deve ser confundido com juízo de valor, que se reporta a avaliações subjectivas da realidade, não verificáveis empiricamente.
Esta distinção mostra-nos assim a subjectividade à qual os valores estão vulgarmente associados, devido às divergências de valorações. Contudo, existem também indícios no nosso quotidiano que nos levam a crer na objectividade dos valores, e é esta antítese que constitui a essência do problema da natureza dos valores. Afinal, serão os valores subjectivos e portanto totalmente dependentes da existência humana e dos gostos e interesses de cada um, ou objectivos, com uma existência exterior e independente da mente humana? Analogamente, poderíamos questionar: será que as coisas valem porque as desejamos ou desejamo-las porque valem?
Em resposta a este complexo e filosófico problema surgiram então três diferentes definições de valor, que procuram explicar as provas e indícios encontrados na nossa vida do dia-a-dia à luz de determinada teoria, que irá assumir os valores como objectivos ou subjectivos.
A perspectiva que talvez se enquadre melhor na crença comum da subjectividade dos valores é designada por psicologismo. De acordo com esta definição, o valor é uma vivência exclusivamente pessoal, correspondendo ao sentimento ou emoção, resultante do nosso estado psicológico, que determinado objecto provoca em nós e que apenas depende das nossas preferências, dos nossos interesses e da nossa experiência valorativa. Os valores são assim meramente subjectivos, sendo aceitáveis quaisquer juízos de valor, na medida em que estes expressam diferentes visões da realidade.
No entanto, a defesa exclusiva da subjectividade dos valores não é de modo algum compatível com os fundamentos da sociedade actual. Sem a convicção de uma objectividade, ainda que parcial, dos valores, como se poderia castigar qualquer tipo de crime ou acção injusta? Ou até porque havíamos nós de confiar no que a ciência nos revela? Todas as justificações não passariam de diferentes pontos de vista, dependentes das visões de diferentes sujeitos. A distinção entre teoria bem fundada e opinião irresponsável confundia-se com uma simples diferença entre dois modos diferentes de olhar o mundo.
Além disso, apoiando esta posição, como se poderia explicar a permanência dos mesmos valores ao longo de diferentes épocas históricas e entre diferentes povos que nunca comunicaram entre si? Ao fim de contas, os valores seriam apenas fruto da experiência pessoal e esta é completamente irrepetível.
Portanto, apesar desta perspectiva ser apoiada pelas divergências de valorações relativamente a alguns objectos, parece evidente a existência de alguma objectividade inerentes aos valores. Aliás, porque até as leis da nossa sociedade se baseiam nesta objectividade.
Relacionada também com o psicologismo existe uma outra perspectiva filosófica designada por emotivismo, que entende os valores como expressões das nossas emoções, sentimentos e atitudes. Obviamente que esta posição, aproximando-se bastante da referida anteriormente comporta os mesmos argumentos e contra- -argumentos.
Se assumirmos a objectividade dos valores, deparamo-nos com duas outras definições de valor, nomeadamente o naturalismo e o ontologismo.
A primeira define os valores como qualidades intrínsecas a todas as coisas, o que justifica o consenso existente em tantas valorações. De facto, sempre que se depara com situações de violência domésticas, pedofilia, escravatura e outros múltiplos crimes, a maioria das pessoas reage negativamente, avaliando estas práticas como intoleráveis, absolutamente injustas e de uma extrema crueldade. Nestes exemplos, as próprias situações parecem estar elas próprias associadas a valores de maldade e injustiça. Mesmo no âmbito da estética, muitas obras de arte parecem transportar em si mesmo a beleza e a harmonia, sendo universalmente consideradas como belas e graciosas.
Todavia, os argumentos utilizados a favor do psicologismo, que se baseavam nos desacordos entre as pessoas quanto à valoração de um mesmo objecto, podem agora constituir os contra-argumentos ao naturalismo. Apesar desta ser uma tese bastante plausível apoiada não só por factos verídicos mas também por convicções da sociedade, a verdade é que ela não consegue explicar as divergências de valorações relativamente a determinados objectos. Além do mais, também não nos é possível observar directamente as qualidades que se julgam intrínsecas aos objectos nos próprios objectos.
Finalmente, uma terceira e última posição conhecida como ontologismo define os valores como ideias independentes dos objectos, que existem num mundo imaterial, diferente do mundo real e humano. O mais antigo representante desta teoria foi precisamente Platão, o qual acreditava na existência de um “mundo das ideias”, onde todos os valores e conceitos assumiam uma forma ideal, perfeita e imutável. Uma vez que Platão pressupunha a imortalidade da alma, ele julgava que, antes de reencarnar num corpo físico, esta tinha tido a oportunidade de contemplar frente a frente as ideias que habitavam este mundo inteligível e imaterial. Contudo, na reencarnação, a alma tinha baralhado muitas das ideias, relembrando-as de uma forma algo confusa e enevoada, o que justica as diferenças de valoração encontradas neste mundo sensível e físico.
Apesar desta perspectiva apresentar aparentemente uma justificação para todos os factos de que temos conhecimento, o certo é que não conseguimos provar nem a existência de tal mundo imaterial nem a existência de uma alma imortal. Actualmente, o ser humano ainda não consegue conceber a coexistência de dois mundos distintos (o físico e o imaterial), razão pela qual o ontologismo se nos afigura uma perspectiva tão fantástica.
Como vimos, todas estas definições de valor, sendo mais ou menos plausíveis, comportam certas falhas, que mantêm a problematicidade desta questão. Assim, na tentativa de encontrar uma solução definitiva para este problema, criou-se uma outra posição denominada por relativismo axiológico. Segundo esta perspectiva, o valor não é objectivo, nem puramente pessoal. Ele é, pelo contrário, uma vivência colectiva, produto dos costumes e tradições de uma mesma cultura e sociedade. Assim, os valores estão dependentes da época histórica e da cultura, sendo partilhados por todos os indivíduos que nelas estejam inseridos.
Se é verdade que, por um lado, não podemos negar que os valores acompanham as culturas das sociedades humanas, por outro, existem certos valores que se encontram presentes em diferentes épocas históricas, facto este que serve de crítica ao relativismo axiológico.
Com tudo isto, o problema da natureza dos valores continua por resolver, revelando-se um verdadeiro problema filosófico. De facto, ele possui todas as características inerentes aos problemas filosóficos: é intemporal, na medida em que tem mantido a sua pertinência ao longo dos tempos; é universal, pois diz respeito a todos os homens independentemente da sua cultura ou época histórica; é problemático, pois como vimos não tem ainda uma solução absolutamente correcta e definitiva; e é radical, uma vez que procura esclarecer um dos fundamentos em que assenta a realidade.
Para finalizar, gostaria ainda de salientar uma outra vertente problemática dos valores, que diz respeito à sua hierarquização. Para nos orientarmos na vida, todos nós somos obrigados a construir uma escala de valores, que irá condicionar as nossas acções e decisões. No entanto, nem todos ordenam os valores da mesma maneira, o que pode trazer graves consequências à sociedade. Um indíviduo que tenha na base da sua hierarquia o valor do respeito pela vida humana constituirá certamente uma ameaça para os seres humanos que o rodeiam, da mesma forma que um indivíduo que privilegie o valor do dinheiro poderá ser capaz das maiores atrocidades só para poder enriquecer.
Em suma, a temática dos valores é bastante problemática devido a todas as incertezas que ainda persistem relativamente à sua natureza e correcta hierarquização. A meu ver, há determinados valores que poderão ser entendidos como subjectivos, mas a maior parte é caracterizada por uma intensa objectividade. Os valores da justiça e do bem ilustram claramente esta independência dos valores em relação às opiniões de diferentes sujeitos. Seguindo este raciocínio, também existe, de algum modo, uma hierarquia de valores mais correcta, que deveria servir como modelo. Ainda que alguns valores possam ocupar posições diferentes noutras hierarquias, os valores éticos e úteis, por exemplo, devem sempre constituir o topo e a base da pirâmide, respectivamente. A acrescentar a esta problematicidade inerente à definição de valor, temos ainda o papel fundamental que os valores têm na vida humana. Estes tornam a vida algo digno de ser vivido e é isso que lhes confere uma grande problematicidade.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Teresa Silva - 3º trabalho de reflexão filosófica

A problematicidade dos valores constitui, desde tempos remotos, um obstáculo à vida em sociedade e à harmonia entre os seres humanos. Diariamente confrontamo-nos com trocas de impressões entre amigos ou colegas, e indignamo-nos tanto quando concordam connosco ou estão totalmente contra as nossas ideias. Como é possível termos precisamente a mesma noção de beleza, relativamente àquele quadro? Como pode alguém ser tão distinto de mim, no que diz respeito à pena de morte? Questões como estas colocam-nos “um ponto de interrogação na testa” e conduzem-nos a um raciocínio profundo na tentativa de descobrir a natureza dos valores.
O ser humano, como pessoa, tem um olhar avaliativo e crítico sobre a sua realidade. Desde cedo, preferimos cores, apreciamos objectos, julgamos pessoas e, sobretudo, tomamos decisões. A nossa vida e a nossa forma de viver é orientada em função dos valores que consideramos, e tudo aquilo com que nos deparamos é previamente valorado. Consoante a nossa hierarquia de valores, que varia de acordo com os nossos padrões culturais, históricos e pessoais, agimos e fazemos escolhas. É, portanto, impossível ao ser humano viver indiferente ao mundo exterior, já que está na sua natureza atribuir valores ao que observa.
Contudo, esta noção tão familiar é uma das mais problemáticas para o ser humano. Ainda que valorize quase que “inconscientemente”, o Homem não consegue explicar se estes valores têm uma natureza subjectiva ou objectiva. Serão eles fruto da sua deliberação e reflexão interior, ou existirão independentes das pessoas e exteriores à mente humana?
Para responder a este problema de tão elevada importância, tanto a nível de compreensão pessoal, como no âmbito social, surgiram diferentes teses. Para apoiar o Subjectivismo Axiológico desenvolveu-se o Psicologismo, ou seja, a ideia de que os valores resultam de vivências pessoais. A maneira de encarar o mundo e de o valorizar de cada pessoa, difere portanto do que enfrentou ao longo da vida e a sua “opinião” será moldada de acordo com a sua experiencia e presença na Terra. Assim se explica a enorme diversidade de valores atribuídos aos mesmos objectos e situações, dado que pessoas com “percursos” diferentes “verão o seu mundo de “cores” diferentes.
Porém, esta “solução” não dá um desfecho à demanda da verdade pelo ser humano, no que diz respeito à natureza dos valores. Não é possível explicar, através do Psicologismo, a concordância de valores em épocas históricas diferentes, ou em povos que nunca comunicaram. Se dependem do sujeito para existirem, como podem os mesmos valores atravessar séculos e oceanos, sem que o homem os tenha transportado consigo?
Não se dando por satisfeito com o subjectivismo e duvidando da capacidade valorativa da sua mente, independente do meio exterior, o Homem procurou outras respostas no Objectivismo Axiológico. Assumindo, portanto, que os valores são autónomos relativamente ao ser humano e que lhe existem exteriormente, surgiu a ideia de que os valores são qualidades das coisas: o Naturalismo. Neste sentido, os objectos, situações e pessoas estão associados a certos valores que os caracterizam e que não diferem. Assim, a unânime crença em certos valores, ou seja, a enorme concordância em tantas valorações, é explicada pelo Naturalismo, uma vez que, se os valores são qualidades das coisas, então todos nós devíamos atribuir a cada coisa o mesmo valor.
No entanto, mais uma vez, esta tese também reúne algumas falhas. A defesa de que os valores já estão contidos nas próprias coisas, sobre a forma de qualidade, não consegue justificar os desentendimentos entre as pessoas nas valorações. Além disso, se os valores são qualidades objectivas das coisas, exteriores à mente humana e que pertencem ao mundo material, porque é que não conseguimos observá-los?
Sem desistir da sua “caça” ao conhecimento, o Ontologismo é mais uma tese que tenta resolver o problema da natureza dos valores, com base no objectivismo. Esta “resposta”, criada por Platão, defende que os valores são ideais que existem independentemente, quer do sujeito humano, quer das coisas em geral, ou seja residem imaterialmente no “mundo das ideais”. Neste mundo, a nossa alma teria tido a possibilidade de contemplar os valores, antes de reencarnar num corpo físico. Assim, em vida, o ser humano recordava de forma confusa estas ideias, originando as divergências nas valorações. Contudo, não é possível provar a existência de um mundo imaterial, para além do físico, facto pelo qual o Ontologismo se apresenta como a tese mais “fraca” e menos credível.
Por fim, uma última tese tenta explicar a natureza dos valores: o Relativismo Axiológico, que estabelece um outro conceito, o de homem como ser social, inserido num determinado contexto. Esta nova solução para este problema filosófico, universal, problemático, intemporal e radical, defende que o valor não é pessoal, nem objectivo, mas sim o resultado de uma apreciação histórica, cultural e social. Algo partilhado entre indivíduos inseridos numa mesma época, com uma mesma cultura e de uma mesma sociedade.
Dado que os valores acompanham as culturas das sociedades humanas, são relativos aos espaços em que as mesmas se encontram, no entanto alguns valores acompanham o ser humano desde sempre, ainda que aplicados de diversos modos, pelas diferentes sociedades. Assim, estes não seriam “exclusivos” de uma determinada época, civilização e cultura, apenas assumiriam “definições” distintas consoante o contexto em que eram utilizados.
Tanto o subjectivismo, como o objectivismo e o relativismo tentam explicar a natureza dos valores, contudo ainda nenhuma das três teses encontrou uma resposta sem objecções. Constituindo um problema, cuja “chave” será a solução a muitas dificuldades e conflitos sociais, a sua problematicidade tem elevadas proporções e ocupa grande parte do tempo dos filósofos. Saber se os valores têm origem na mente humana, resultam de vivências pessoais e são independentes de qualquer obstáculo físico, se são apenas qualidades das coisas ou se “vagueiam” num mundo imaterial paralelo ao nosso, ou se não passam de uma relação com o contexto em que o homem, como ser social, se insere, mudaria radicalmente a forma das sociedades e de cada pessoa encarar o mundo e de tomar decisões. É por isso tão importante continuar a navegar pelo oceano inquieto e imprevisível dos valores, não desistir de procurar o horizonte de verdade e conhecimento ao longe no céu nublado, em busca do bem comum e de um mundo melhor e mais justo!

Relatórioda aulas 63 e 64

Teresa Silva

A aula iniciou-se com a entrega do 3º Trabalho de Reflexão Filosófica. Este consistia em desenvolver o tema “A Problematicidade dos Valores”, ou seja, elaborar um texto em que apresentássemos o nosso conhecimento e reflexão acerca do tema referido, de uma forma organizada, coerente, rigorosa e crítica. Os trabalhos de duas alunas foram lidos à turma e assim se pôde rever alguns dos conteúdos leccionados dentro do tema dos valores e da sua problematicidade, sob a perspectiva destas alunas.
De seguida, a professora definiu o objectivo da aula, que seria criticar a noção de tolerância passiva. Iniciou-se a realização deste objectivo com a correcção do trabalho de casa, que se inseria na página 105 do manual. A actividade estava organizada em duas questões baseadas, cada uma, num excerto.
O primeiro falava do relativismo cultural e nomeava duas situações que, para a nossa cultura, são consideradas incorrectas. Referia a escravatura e o genocídio e afirmava que um relativista não se podia opor a nenhuma destas situações, nem mover-se contra elas. Se o fizesse, estaria a agir contra os seus próprios princípios, pois esta perspectiva consideraria ambas as práticas aceitáveis, uma vez que estas estariam de acordo com um determinado contexto sociocultural.
O segundo excerto abordava um contra-argumento que pode ser utilizado para criticar o relativismo. O autor mencionava que os relativistas negam a existência de juízos de valor absolutos e que defendem a sua relação com a cultura e a sociedade de uma determinada época. Assim, esta teoria apresenta-se contraditória e incoerente, já que afirma as suas ideias como absolutas.
Para completar a correcção do trabalho de casa, a professora esclareceu que, quando algo é considerado absoluto significa que é independente de outros factores, ou seja que existe por si próprio. Por outro lado, quando falamos de algo relativo significa que está relacionado e dependente de outros factores.
Como concluímos, o relativismo demonstra-se tolerante e pacífico perante as outras culturas, aceitando e não interferindo com as suas práticas. Contudo, esta tolerância passiva desfigura-se, pois nada há para tolerar, tornando-se apenas em aceitação e indiferença perante as outras culturas e o que defendem. Por outro lado, o etnocentrismo não tolera a cultura de outras sociedades e os seus valores, adoptando a sua como a correcta. Desta forma, também a “intolerância” perde o seu significado, resumindo-se à total rejeição de outras maneiras de pensar.
Portanto, ambas as teorias se apresentam como extremos e conduzem-nos a tentar encontrar um “meio-termo”. Assim, o limite desta tolerância deverá ser o próprio ser humano e o seu bem-estar. Quando as práticas de outras culturas atentam contra os direitos do homem (Declaração Universal dos Direitos Humanos), devemos interferir e tentar impedir que estas se concretizem.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 61 e 62

Pedro Ribeiro
Nº20 10ºAno



Relatório de aula



Para dar início à aula, a professora começou por fazer uma breve revisão dos critérios de avaliação, explicando como se classificam as atitudes.
De seguida, definimos os objectivos de aula que são: criticar relativismo cultural e compreender as consequências da tolerância preconizada pelos relativistas.
Depois a professora fez uma chamada oral sobre o que falámos na aula anterior, ou seja, sobre os valores, a cultura, o etnocentrismo e o relativismo cultural.
A cultura, em geral, é aquilo que o Homem produz. Os juízos de valor são um aspecto particular das culturas. A cultura é um fenómeno plural porque existem muitas culturas, é diverso porque todas as culturas são diferentes entre si e é universal porque se manifesta em todos os grupos humanos e em todas as épocas históricas
Definimos também etnocentrismo como sendo uma tendência para nos basearmos nos nossos valores e costumes quando consideramos as outras culturas; é uma tendência para acharmos que os nossos princípios é que estão correctos e não os outros.
De seguida, iniciámos a correcção do trabalho de casa.
Estudámos também o relativismo cultural que é uma atitude de tolerância e de passividade. O relativista cultural defende que se devem respeitar as outras culturas e que cada cultura deve ser avaliada a partir de dentro, ié, a partir de si própria.
Para o segundo objectivo da aula, falámos sobre as consequências do etnocentrismo, ou seja, sobre atitudes discriminatórias como o racismo, a xenofobia, o patriotismo e o nacionalismo exagerados.
A professora mandou ainda para trabalho de casa uma actividade do manual, da pag.105.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 59 e 60

Sofia Guerreiro
Nº 27 - 10ºA

Relatório de Aula
Aulas 59 e 60
19 de Janeiro de 2010


Como de costume, a professora iniciou a aula com a realização do sumário e definindo os objectivos da mesma. Estes consistiram em definir cultura, reconhecer a cultura como um fenómeno universal, plural e diverso e comparar relativismo e etnocentrismo cultural.
De seguida, corrigimos o trabalho de casa da aula anterior, que consistia em, partindo de um exemplo (beleza, escravatura ou moda), mostrar como a valoração está dependente de contextos histórico-culturais. Em geral, todos nós chegámos à conclusão que em todos estes exemplos a valoração se foi alterando ao longo dos tempos e que em função dos diferentes povos. Por exemplo, a escravatura, apesar de ter sido, durante muito tempo, um acto aceite, actualmente, é algo ilegal.
Após a reflexão sobre este trabalho, conseguimos relacionar estes exemplos com a tese relativa à natureza dos valores, estudada na última aula: o relativismo, que concebe o valor como algo que varia ao longo do tempo e do espaço e que tem uma natureza iminentemente social. No entanto, o relativismo axiológico não soluciona o problema da natureza dos valores, pois apresenta-os como o produto de uma sociedade numa determinada época, mas não explica a aparente universalidade de alguns valores que permanecem ao longo da história e que são transversais a diversas culturas.
Com isto, iniciámos o estudo da cultura, definindo a mesma como tudo aquilo que o homem produz. Contudo, esta é uma definição da cultura, existindo também a de uma cultura, que se resume ao conjunto de manifestações materiais e imateriais que reflectem a especificidade de um grupo de indivíduos na sua maneira de sentir, pensar e agir.
Ao mesmo tempo que procurávamos definir cultura, analisámos o texto 9 da página 95, onde concluímos que, no quotidiano, consideramos cultura como “as coisas mais elevadas do espírito”, como a arte, literatura, música e pintura. Porém, os sociólogos incluem no conceito estas actividades e muitas outras.
Posteriormente, considerámos cultura como um fenómeno plural e diverso, por existirem modelos de comportamento, hábitos e costumes diferentes, e universal, isto é, presente em todos os tempos e regiões do planeta habitadas pelo homem. Para comprovar este fenómeno, analisámos o texto 11, da página 97, que nos mostra a cultura do povo esquimó, uma vez que este tem costumes bastante diferentes dos nossos.
Por fim, passámos ao estudo e diferenciação do etnocentrismo em relação ao relativismo culturais. Estudámos que o etnocentrismo promove a assimilação de umas culturas por outras, por ser uma visão centrada ou egocêntrica, e que o relativismo, pelo contrário, promove a separação, aceitando e respeitando a diversidade cultural. A atitude etnocêntrica é a atitude daquele que avalia as outras culturas tomando como centro de referência a sua própria cultura e que, julgando a sua cultura a correcta, sente-se no direito de impor a sua cultura aos outros.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 57 e 58

José Morais
Nº14 10ºA
Relatório de aula
Aulas 57 e 58

A professora iniciou a aula fazendo uma breve revisão dos conteúdos leccionados na aula anterior.
Em seguida a professora definiu os objectivos de aula, que foram os seguintes: “compreender a diferença entre subjectivismo e objectivismo axiológicos” e “distinguir diferentes níveis de critérios valorativos”. Falámos um pouco sobre os pressupostos da teoria platónica referindo dois: a dualidade antropológica e a dualidade ontológica. Avançámos esclarecendo esta última dualidade definindo-a como um mundo dividido em duas partes: o mundo sensível (físico), que e conhecido através do nosso corpo, mais propriamente, através dos nossos órgãos sensoriais, e um mundo inteligível (imaterial), isto é, só pode ser conhecido através do nosso intelecto/alma/razão.
Depois disto, concluímos os contra-argumentos para o ontologismo, que tinham ficado pendentes da última aula.
Em seguida, começámos a abordagem de um novo tema: o relativismo axiológico. Segundo o Relativismo, o valor não é objectivo nem subjectivo, mas sim intersubjectivo, ou seja, vai para além da subjectividade, existe entre sujeitos. O relativismo axiológico diz que o valor não é pessoal nem objectivo, é sim uma apreciação histórica, cultural e social (algo partilhado por indivíduos de uma mesma época, mesma cultura e da mesma sociedade).
Utilizando o nosso manual, lemos e analisámos alguns textos respectivamente ao relativismo axiológico.
Passámos então para o segundo objectivo de aula: “distinguir os diferentes critérios valorativos”. Entendemos por critério valorativo o princípio ou condição que serve de base à valoração e que permite distinguir as coisas valiosas das não valiosas, e dentro das valiosas, as que são mais importantes e as que são menos importantes. Podemos ainda considerar três diferentes níveis de determinação dos mesmos critérios, são estes:
O Pessoal, refere-se ao íntimo de cada pessoa com as suas características pessoais: gostos, interesses, etc; o Colectivo, refere-se ao sujeito do ponto de vista social e cultural: os seus costumes, ideias ou formas de estar em grupo; e o Universal, refere-se ao sujeito como um ser-no-mundo: sensível aos outros, que coabitam o planeta, bem como ao próprio espaço habitado.
E assim completámos todos os objectivos de aula e a professora deu a aula como terminada.

Relatório das aulas 55 e 56

Diana Macedo
Nº 8 10ºA

Relatório de aula
Aulas nos 55 e 56
12 de Janeiro de 2010


Para dar início à aula, a professora começou por escrever o sumário e, de seguida, definir os objectivos de aula. Estes seriam, em primeiro lugar, defender e criticar as várias definições de valor e, em segundo, reconhecer a problematicidade da definição de valor.
Antes de se proceder ao cumprimento dos objectivos então propostos, a professora introduziu ainda um novo tipo de texto, cujo objectivo era o desenvolvimento de um determinado tema. Para além do comentário de texto e do discurso argumentativo já explorados anteriormente, o desenvolvimento de um tema é outra das competências exigidas aos alunos de Filosofia ao nível da expressão escrita. Como tal, o nosso terceiro trabalho de reflexão filosófica consistia exactamente na redacção de um texto dedicado à “Problematicidade dos valores”, no qual deveríamos apresentar, de uma forma organizada, coerente, rigorosa e crítica, os nossos conhecimentos e opiniões sobre este complexo tema.
Definido o tema e a estrutura do terceiro trabalho de reflexão filosófica, prosseguiu-se então a aula com uma breve revisão do problema da natureza dos valores. Este problema, cuja formulação já havia sido leccionada, levanta a questão dos valores possuírem uma natureza objectiva ou subjectiva. Em resposta a este problema, surgem assim duas teses opostas: o subjectivismo, segundo o qual os valores existem apenas na mente humana, estando por isso dependentes do sujeito humano para garantirem a sua existência; e o objectivismo, que defende a existência independente e exterior dos valores relativamente à mente humana.
Após terem sido recordados e sintetizados todos estes conceitos aprendidos na aula anterior, passou-se à correcção do trabalho de casa, o qual consistia na realização de uma actividade do manual relativa à hierarquização dos valores. Esta actividade propunha que nos colocássemos no papel de alguém que presencia o roubo de uma disquete realizado por um aluno que deseja obter uma melhor classificação em determinado trabalho que o seu colega, dono da disquete. De seguida, teríamos que decidir sobre qual seria a melhor atitude a ter, identificando os valores em confronto neste processo de deliberação e procedendo à sua posterior hierarquização. Na opinião de muitos alunos, seria preferível chamar o ladrão à razão, levando-o a devolver a disquete, se possível com um pedido de desculpas ao seu dono. Outros consideraram a denúncia do ladrão junto ao dono da disquete uma melhor opção. No entanto, poucos ficariam indiferentes perante a acção realizada e ninguém denunciaria o ladrão ao professor que tinha solicitado o trabalho. Isto mostra claramente que os valores de justiça e lealdade estão no topo da hierarquia de valores da maior parte das pessoas, enquanto que a maldade e a inveja ocupam a base da pirâmide. Todos julgariam a acção injusta e, portanto, tentariam agir para evitar que se cometesse uma injustiça. Por outro lado, a lealdade aos colegas seria sempre um valor presente, o que justifica a recusa em denunciar o ladrão directamente ao professor.
Seguidamente, deu-se início ao cumprimento do primeiro objectivo de aula, apresentando-se os argumentos e contra-argumentos para três distintas definições de valor.
Segundo a perspectiva do psicologismo, o qual apoia a tese subjectivista, os valores são vivências pessoais, sendo por isso que diferentes pessoas, com distintas experiências pessoais, fazem diferentes valorações de um mesmo objecto. No entanto, a defesa da exclusiva subjectividade dos valores não consegue explicar a permanência dos mesmos valores ao longo das diferentes épocas históricas e a sua existência em diversos povos que nunca comunicaram entre si.
Outra das definições de valor é proposta pelo chamado naturalismo, o qual, assumindo a tese objectivista, considera o valor uma qualidade intrínseca aos objectos. Esta posição justifica assim o consenso universal existente na valoração de muitos objectos e situações. Por exemplo, no que diz respeito à violência doméstica, a maioria das pessoas é unânime em afirmar que esta é uma prática inaceitável, devendo por isso ser erradicada. Porém, existem outras situações ou objectos cujas valorações diferem de pessoa para pessoa, o que constitui um dos contra-argumentos ao naturalismo. Além disso, também não nos é possível observar essas qualidades que o naturalismo defende serem inerentes aos objectos nos próprios objectos.
Finalmente, existe ainda uma outra posição designada por ontologismo que, assumindo a objectividade do valor, o define como uma ideia que existe de forma independente, num mundo imaterial. Esta foi a perspectiva adoptada por Platão, o qual acreditava na existência de um “mundo das ideias”, onde a nossa alma imaterial e imortal tinha tido a oportunidade de contemplar os diferentes conceitos e ideias. Ao reencarnar num corpo físico, ela recordava então estas ideias de uma forma bastante confusa, o que explica as divergências de valorações encontradas.
Apesar desta última perspectiva ser aparentemente a que melhor justifica todas as provas encontradas, a verdade é que é impossível provar a existência de tal mundo imaterial. Actualmente, o ser humano ainda não consegue conceber a coexistência de dois mundos distintos (o físico e o imaterial), razão pela qual o ontologismo se nos afigura uma perspectiva demasiado fantástica.
Concluídos os dois objectivos de aula, deu-se então a aula por terminada.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 53 e 54

Beatriz Piedade
Nº 4 Turma A
Relatório de aula
Aulas nº 53 e 54
07/01/2010
A professora iniciou a aula fazendo uma revisão dos conteúdos leccionados na aula anterior.
Na aula anterior distinguimos juízos de valor de juízos de facto. Os juízos de facto descrevem, o seu valor de verdade é verificável, são objectivos e não são discutíveis, enquanto que os juízos de valor avaliam, o valor da verdade não é verificável, são subjectivos e discutíveis. A professora também falou da tipologia de valores. Analisámos a Tábua de valores de Max Scheler, na tábua verificámos que existem seis tipos de valores sendo eles: valores religiosos; valores éticos ou morais; valores estéticos; valores lógicos; valores vitais; e valores úteis. Depois de analisarmos a tábua de valores, a professora um tpc em que tínhamos de inventar um juízo de valor para cada classe da tipologia de Max Scheler. Após ter falado da tipologia de valores, a professora falou–nos da hierarquia de valores. A hierarquia de valores diz–nos que os valores são hierarquizáveis, porque nós podemos organizá-los nas nossas vidas segundo o seu grau de importância. Essa ordenação pode variar de acordo com o nível da cultura, da história e até da nossa vida pessoal.
Depois da revisão dos conteúdos leccionados anteriormente, a professora passou à correcção do resto do trabalho de casa, em que tínhamos de fazer dois exercícios da página 83 do manual. De seguida, a professora definiu e mencionou os objectivos de aula. Começámos com o primeiro objectivo de aula em que tínhamos de formular o problema da natureza dos valores: Terão os valores uma natureza objectiva ou subjectiva? As teses que lhe dão resposta são o objectivismo e o subjectivismo. O objectivismo origina o naturalismo e o ontologismo enquanto definições do valor. Segundo o naturalismo, os valores são qualidades das coisas e segundo o ontologismo os valores são ideias que existem independentemente quer do sujeito humano, quer das coisas em geral. Do subjectivismo decorre o psicologismo e o emotivismo; o psicologismo diz–nos que os valores são vivências pessoais. O subjectivismo defende que os valores dependem do sujeito humano para existirem, pois existem apenas na mente humana. O objectivismo defende que os valores existem independentemente do homem, pois têm uma existência exterior à mente humana.
Por último, passámos ao terceiro objectivo de aula, onde tínhamos de criticar as três definições de valor que decorrem do subjectivismo e do objectivismo axiológicos, que ficou por concluir.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Relatório da aulas 51 e 52

Nikita Ivanov

Nº19 Turma A

Relatório de aula

Aulas nº 51 e 52

06/01/2010


Na aula passada começámos a relembrar alguns conceitos da penúltima aula do 1º Período que foram: distinção entre o facto e valor (o facto é material e geralmente observável, enquanto que o valor é imaterial e mental). Falámos sobre valoração que é a atribuição de valor aos factos. Falámos sobre bi-polaridade: apresentação em pares de um valor oposto ao outro. E também falámos sobre experiência valorativa que é o acto pelo qual atribuímos e nos apercebemos dos valores, isto é, o modo como sentimos e captamos ao contactar com os diferentes objectos, situações ou pessoas considerando-os de uma maneira diferente.

A seguir, a professora começou a dar nova matéria, começando por definir o conceito de juízo: operação mental pela qual relacionamos conceitos entre si, de forma negativa ou positiva. A seguir a professora indicou os instrumentos lógicos do pensamento que são: 1º Conceito – representação mental de uma classe de seres; 2º Juízo, que tem 2 conceitos S (sujeito) e P (predicado) e o verbo ser como cópula; e 3º Raciocínio – operação mental em que relacionamos juízos entre si de forma a chegar a uma conclusão. Depois a professora abordou o 1º objectivo da aula com a explicação dos juízos de facto e juízos de valor distinguindo ambos os conceitos, a ambos atribui-se a um sujeito uma qualidade (predicado) mas os 2 casos são diferentes, enquanto que no juízo de facto a qualidade atribuída ao sujeito é verificável, no juízo de valor é o contrário, ou seja, a relação entre o sujeito e o predicado não é verificável. Os juízos de valor apresentam as seguintes características: avaliam, são discutíveis, subjectivos (o predicado depende do sujeito e varia de sujeito para o sujeito) e o valor de verdade não é verificável. Os juízos de facto: são descritivos, não discutíveis, objectivos (o predicado depende do próprio objecto) e o seu valor de verdade é verificável. Depois a professora abordou o 2º objectivo: identificação de diferentes tipos de valores que são valores religiosos, valores éticos, valores estéticos, valores vitais, valores lógicos e valores úteis, de acordo com a tipologia de Max Scheler. De seguida, fizemos exercícios sobre diferentes tipos de valores. E para concluir a professora passou para o 3º objectivo da aula,relativo à hierarquia dos valores com a explicação que os valores são hierarquizáveis porque os podemos ordenar do mais baixo valor até ao mais alto; a hierarquia de valores muitas vezes não é consciente mas é ela que está na base das nossas opções. Varia culturalmente, historicamente e até pessoalmente.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Relatório das aulas 47 e 48

Rui Godinho
Nº25 Turma A
Relatório de aula
Aulas nº47 e 48
15/12/2009

A aula foi iniciada com a entrega e correcção dos testes de avaliação.
De seguida, foram definidos pela professora os objectivos de aula que consistiam em distinguir facto de valor e compreender a importância dos valores na vida humana.
Seguidamente, a professora fez um esquema no quadro que distinguia facto de valor. Facto é algo material, geralmente, observável. O valor é imaterial e é uma qualidade que existe mentalmente. Os valores são atribuídos aos factos. Por exemplo, uma caneta é um facto e pode ser atribuído um valor à caneta, por exemplo, utilidade.
A seguir a professora leu o 2º parágrafo da página 79 do manual, que apresentava a definição de axiologia. A Axiologia tem como função analisar a natureza dos valores e defini-los a partir da sua relação com o ser humano.
Depois a professora explicou que os valores apresentam-se de uma forma bipolar, ou seja, em pares em que cada um dos elementos apresenta um valor oposto ao do outro, um é negativo e outro positivo, por exemplo, o bem e o mal, o justo e o injusto, etc.
De seguida, lemos o 3º parágrafo da página 81 do manual que continha a definição de experiência valorativa. Entendemos por experiência valorativa o acto pelo qual atribuímos e nos apercebemos dos valores, isto é, o modo como os sentimos e captamos ao contactar com os diferentes objectos, situações ou pessoas, levando-nos a considerar tais objectos, situações ou pessoas de uma maneira diferente: com dado valor – bom ou mau, belo ou feio, justo ou injusto, etc.
Seguidamente passámos para o 2º objectivo de aula – compreender a importância dos valores na vida humana. Os valores orientam o nosso projecto de vida, influenciam as nossas decisões e marcam a nossa compreensão do mundo.