terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Relatório das aulas 67 e 68

Miguel Covas Lima
Nº18 Turma A

Relatório de aula

Aulas nº 67 e 68

02/02/2010



A aula foi iniciada com uma chamada oral, com o objectivo de fazer uma síntese dos conteúdos anteriormente leccionados, sendo preciso a sua compreensão para um melhor entendimento do que viriam a ser as tarefas propostas.
De seguida, foi assim apresentado o objectivo da aula, que passaria por comparar relativismo e interculturalidade. Sendo assim, a interculturalidade foi apresentada como uma alternativa ao relativismo, já que a posição deste não nos permite fundamentar convenientemente o modo como agir. Apesar do relativismo se encontrar, em princípio, em consonância com o modelo de sociedade multicultural, ele não nos parece ser capaz de responder eficazmente aos problemas concretos que a mesma comporta. Precisamente porque os problemas culturais parecem exigir outro tipo de resposta, surgem actualmente propostas que defendem o diálogo intercultural, a cooperação solidária e a defesa da dignidade humana como princípios universais.
Define-se, pois, uma nova atitude que pretende ser intercultural. Sendo assim, a interculturalidade segue determinados parâmetros: reconhece a natureza plural e diversificada da cultura humana, promove o contacto entre as diferentes culturas porque parte do pressuposto de que é possível a compreensão entre si, acredita que há vínculos que unem as diferentes comunidades, defende que é possível compartilhar valores e estabelecer normas de convivência, assumir a universalidade dos direitos humanos, exige a prevenção de conflitos e aposta na educação de valores universais. A interculturalidade promove assim a integração e a interacção, partindo do pressuposto de que a humanidade ganha com a diversidade cultural, propondo assim o contacto e o diálogo entre as diferentes culturas no sentido de estas se enriquecerem mutuamente.
De seguida analisámos o texto 16 da página 107, que apoia a tese da interculturalidade. Neste texto a filósofa francesa Monique Canto-Sperber apresenta uma crítica à atitude relativista: aceitar que cada cultura defina para si própria as suas normas, as suas regras e os seus horrores não é desejável. No entanto, não deixa de reconhecer a importância do contexto cultural. O universalismo que propõe não é o da definição de um conjunto de normas abstractas, sem conteúdo, isto é, sem considerar os valores, as crenças, as ideias (sempre diferentes) dos homens. É, pelo contrário, um universalismo que tem em conta o contexto (cultural, social, histórico) em que vivemos. Trata-se de uma solução intermédia, entre a tendência para defender apenas o contexto particular e cultural do indivíduo e a tendência, de algumas outras posições, para delimitar normas e princípios tão gerais e abstractos que são difíceis de concretizar na vida prática. A solução intermédia, proposta pela filósofa, assenta na ideia de que existe um conjunto de valores essenciais e universais, subjacente a todas as culturas, ainda que, considerando a diversidade de contextos, se manifeste de modos distintos.
Por fim, no último tempo de aula a professora decidiu tirar dúvidas que os alunos tivessem, já que o teste realizar-se-á na aula seguinte.

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