quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Relatório das aulas 43 e 44

A aula foi iniciada com a leitura do relatório da aula transacta.
Em seguida foi aberta a lição e a professora definiu e mencionou os objectivos de aula.
Seguidamente, foi feita a correcção do trabalho de casa, o qual consistia na realização do exercício 6, da página 20 do Caderno de Actividades. Este exercício tinha como base um texto relativo à origem de alguns comportamentos violentos. As questões que se seguiam remetiam para os conteúdos que se têm vindo a abordar nas aulas, as teses determinista e libertista. Este texto faz alusão à hipótese de alguns comportamentos violentos estarem relacionados com deficiências cerebrais, que fariam com que os seus portadores não tivessem controlo nas suas acções de maior violência. Assim sendo este texto remete para que os agentes não seriam os responsáveis pelas suas acções.
Foi assim concluído o primeiro ponto do sumário.
Antes de dar início ao 1º objectivo a professora vez ainda referência aos conteúdos que deveríamos ter em conta para o estudo, de preparação para o teste.
Seguiu-se o cumprimento do 1º objectivo de aula que consistia em identificar os diferentes tipos de condicionantes da acção humana. A liberdade que pensamos viver não é uma liberdade absoluta, isto é, não podemos fazer tudo o que queremos. Assim sendo esta é uma liberdade limitada e condicionada, que se manifesta na opção de escolher uma de duas ou mais alternativas possíveis, pesando os prós e os contras dessa mesma escolha. As condicionantes da acção, por um lado limitam, mas por outro proporcionam um campo de possibilidades. Consideram-se assim três tipos de condicionantes da acção humana: condicionantes físico-biológicas; condicionantes psicológicas e por fim condicionantes histórico-culturais.
Todo o homem é condicionado pela morfologia e fisiologia do seu próprio corpo. Possuir um corpo saudável permite desenvolver actividades que um organismo frágil é incapaz de realizar. O modo como nos relacionamos com o meio que nos rodeia depende das características do nosso corpo, algumas dessas características foram geneticamente herdadas dos nossos antepassados. Assim sendo, estas características limitam determinadas acções, mas possibilitam outras. Por exemplo, uma pessoa que tem uma boa constituição física poderia ser um jogador de futebol, mas também poderia não o ser, no entanto tinha essa possibilidade devido às características do seu corpo. Podemos assim dizer que as condicionantes físico-biologicas condicionam o que podemos fazer e como podemos fazer.
No que diz respeito às condicionantes psicológicas, estas também influenciam ou limitam, na medida em que as acções estão dependentes das características psicológicas do seu agente, nomeadamente do seu temperamento, do seu carácter, dos seus estados emocionais como a tristeza e a alegria. Não é possível que o ser humano reaja com alegria ao não concretizar de um sonho. É também de salientar que a determinação de cada indivíduo interfere na acção, isto é, a persistência de cada um perante um obstáculo.
Por fim, relativamente às condicionantes histórico-culturais, estas vêm do exterior, da sociedade. A acção humana depende do ambiente social, cultural e histórico em que se desenrola. Uma acção vai depender do conjunto de regras da sociedade, dos seus hábitos e costumes. O tipo de meio em que o agente se desenvolveu como ser humano e o regime educativo que recebeu também são condicionantes da acção.
O segundo objectivo de aula consistia em reconhecer a nossa crença natural no livre arbítrio. Apesar da existência de teses que negam o livre-arbítrio, isto é, a liberdade humana, e consequentemente a impossibilidade de responsabilizar o agente pela acção, existe uma tendência natural para se acreditar que somos livres. Todo o discurso do dia-a-dia subentende a ideia de liberdade. A própria experiência de vida remete para a ideia de liberdade, visto que temos noção de que embora tivéssemos feito uma coisa, poderíamos ter tomado outra decisão.
Em seguida, para dar continuidade ao segundo objectivo, lemos e analisámos o texto 19 da página 74. Este texto fala-nos uma vez mais da crença natural no livre-arbítrio. O ser humano conduz a sua vida de acordo com a liberdade, isto é, acreditando na responsabilização, castigos e louvores. Questiona ainda se valeria a pena viver sem a crença na liberdade.

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